Representantes das Apaes (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Martinópolis, Rancharia, Regente Feijó, Teodoro Sampaio, Presidente Epitácio e Presidente Bernardes irão participar de um protesto marcado para amanhã, às 14h, na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), com o objetivo de pressionar a Secretaria de Estado da Educação e garantir a assinatura do convênio que confirma o repasse de verbas para as unidades.
"Não conseguimos fretar um ônibus, justamente por conta das dificuldades financeiras, mas vamos alugar uma van e participar do ato", conta a diretora da Apea de Martinópolis, Lúcia Helena Gonçalves Senteio, que também é a representante do conselho regional, que reúne 11 unidades da Apae. "Já faz quatro anos que temos este convênio, houve aumento no número de alunos e os recursos continuam os mesmos e, este ano, ainda estão muito atrasados", revela.
Apae de Prudente também será beneficiada com definição de convênio com o Estado
Segundo ela, "se o convênio não for firmado, vai causar um enorme transtorno para os pais e alunos".
De acordo com informações da Feapaes-SP (Federação das Apaes do Estado de São Paulo), que representa 305 unidades em todo o Estado, as unidades que fazem parte do conselho regional (exceto a Bernardes) atendem, na educação especial, 1.022 pessoas com deficiência na unidade escolar, sendo que destas, 793 alunos com deficiência intelectual e 27 autistas são conveniados com o governo do Estado por meio da Secretaria de Estado da Educação.
Ainda segundo a federação, juntas, todas as 11 unidades do Conselho da Região de Martinópolis possuem cerca de 450 funcionários entre celetistas, voluntários e cedidos. "Todos os 22 conselhos regionais foram acionados para a mobilização, que deve reunir cerca de 5 mil pessoas", informa nota encaminhada pela Feapaes-SP.
Falta de verbas
A representante das Apaes da região destaca ainda que, mesmo com a assinatura do convênio, muitas das dificuldades vão continuar. "Atualmente, a verba por aluno é de aproximadamente R$ 1,3 mil e o ideal seria de, pelo menos, R$ 2 mil. Mas já sabemos que não terá aumento na verba e nem mesmo no número de vagas", detalha Lucia.
"É um serviço que deveria ser de responsabilidade do Estado e a gente faz, e faz bem feito", completa a diretora que acredita que o convênio será renovado.
A Secretaria de Estado da Educação foi questionada sobre o tema pela reportagem de
O Imparcial, mas não havia retornado os contatos até o final da tarde de ontem.
