Apolo e Pureza

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 21/11/2023
Horário 08:10

Chico Anysio foi indiscutivelmente o maior criador de tipos cômicos da história da televisão brasileira. Artista multifacetado, desfilava personagens diferentes a cada temporada de seus diversos programas humorísticos da TV, como os famosos “Chico City” e “Chico Anysio Show” durante os anos 1970 a 1990 na Rede Globo. Dentre seus tipos mais engraçados, havia Apolo, um tipo franzino, carcomido, sempre cansado, esgotado, que mal dava conta da insaciável esposa Pureza (vivida por Cláudia Jimenez, em seu primeiro tipo de sucesso na TV, e depois por Sandra Pêra), que queria transar dia e noite, sem dar uma trégua para o marido. Apolônio Fortes perdia todo seu vigor com a ninfomaníaca esposa que só pensava naquilo enquanto ele repetia o bordão: “Ainda morro disso”.
    
“Histórias Prudentinas Parte 5 – as feiras livres”
Um dos comércios mais populares e duradouros das cidades é a feira livre. Presidente Prudente não foge à regra: a feira livre que ocorre nos finais e semana, nos sábados à tarde e domingos de manhã na Avenida Manoel Goulart é a mais tradicional. Nos anos 70, ela chegava a ocupar as duas vias da avenida, sendo que a pista de baixo era destinada aos caminhões de laranja, onde as pessoas se acotovelavam em cima de um platô de madeira para encher as latas. Depois ela se restringiu para a pista de cima, no sentido centro-bairro da vida, e só depois se fixou na pista bairro-centro. Além dos tradicionais alimentos vegetais, era possível se encontrar de tudo ali: até galinhas caipiras vivas em improvisadas gaiolas, peixinhos vermelhos para se por no aquário ou os ecologicamente incorretos pintinhos coloridos. Diversas bancas de gibis e revistas usadas faziam a festa dos leitores e colecionadores. Arroz se comprava a granel em sacos de estopa de 60 kg. Outra famosa feira acontecia no entorno da Praça da Bandeira, passando pela estação de trem, bem antes da construção do viaduto da Vila Marcondes, quando nem se sonhava em um camelódromo no local. Ela acontecia de quarta-feira à tarde e avançava no período noturno, com a população levando suas compras nas reforçadas sacolas de pano ou puxando carrinhos de feira, quarteirões a fora, onde ter um automóvel era artigo de luxo. Muitas feiras da lua hoje são realizadas pelos diversos bairros prudentinos, mas naquelas épocas, havia datas certas para as feiras dos bairros: todas de manhã, como as terças-feiras na Vila Industrial, nas quartas no Jardim Paulista em torno do hoje supermercado Nagai (antiga Casa Moreira), nas quintas na Rua Benjamin Constant na Vila Marcondes e nas sextas na General Osório na Vila Machadinho (a única que resistiu ao tempo). Os sábados de manhã tinham feira na Vila São Jorge, em torno do Fórum e do Estádio de Futebol onde existe hoje o Prudente Parque Shopping. Cidade que se renova. 

Dica da Semana

Documentário / Streaming

“Como Viver até os 100 anos – O Segredo das Zonas Azuis”: 
Netflix. O escritor Dan Buettner viaja para cinco comunidades distantes onde a longevidade é a receita principal: cada episódio, histórias de povos e hábitos distantes como Sardenha, Costa Rica, Singapura e Califórnia. Lições de como viver bem. 

 

Publicidade

Veja também