Área central de Prudente se destaca no interior do Estado

De acordo com levantamento do Creci-SP, uma casa com 3 quartos no centro prudentino podia ser vendida em outubro pelo valor médio de R$ 500 mil; cidade figura no 3º lugar em ranking

PRUDENTE - JEAN RAMALHO

Data 31/12/2016
Horário 10:27
 

"Vendo residência usada na área central da cidade. Com três dormitórios, excelente localização e negócio facilitado". Anúncios assim são comuns na seção de classificados dos jornais e, em Presidente Prudente, ajudaram colocar a cidade na terceira colocação do ranking dos valores médios de venda de imóveis no interior do Estado. Conforme pesquisa do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), a capital do oeste paulista só fica atrás de Bauru e Jundiaí no quesito valorização dos imóveis com três dormitórios localizados na região central.

Jornal O Imparcial No levantamento do Creci-SP, capital do oeste paulista só fica atrás de Bauru e Jundiaí

De acordo com o levantamento, uma casa com três quartos no centro de Prudente podia ser vendida em outubro pelo valor médio de R$ 500 mil. Cenário que só ficou abaixo de Bauru, primeira colocada na pesquisa, que registrou vendas que alcançaram até R$ 1,1 milhão, mas partiram de um valor mínimo de R$ 255 mil. Assim como de Jundiaí, município em que as residências desta categoria ficaram entre R$ 470 mil e R$ 620 mil no décimo mês deste ano.

O valor médio praticado em Prudente superou os aplicados em municípios de maior porte, como Campinas, que apresentou uma média de R$ 390 mil; Itu (R$ 350 mil); e Ribeirão Preto (R$ 330 mil). Por outro lado, os apartamentos com dois dormitórios não tiveram uma classificação tão boa quanto no ranking venal do interior do Estado. Em Prudente, imóveis deste tipo localizados no centro foram avaliados em R$ 220 mil em outubro. Valor que colocou a cidade no sexto lugar entre as mais valorizadas, atrás de Campinas, Americana, São Carlos, São José dos Campos e Jundiaí.

 

Índices de criminalidade

Para o delegado regional do Creci-SP em Prudente, Alberico Peretti Pasqualini, este cenário tem algumas explicações plausíveis. A primeira delas seria, no entendimento dele, "os baixos índices de criminalidade na cidade", que estariam cooperando na atração de compradores advindos de outras regiões e que, por sua vez, estariam optando por casas ao invés de apartamentos.

"Em virtude dos baixos índices de criminalidade em Prudente, as pessoas que estão chegando à cidade estão preferindo adquirir casas a apartamentos. Com isso, como a procura maior tem sido pelas casas, o valor desse tipo de imóvel tem apresentado alta, ao passo que o preço dos apartamentos tem reduzido", relata o delegado regional.

Outra possibilidade para a atual conjuntura, ainda segundo Alberico, seria uma eventual migração de empreendimentos comerciais para o quadrilátero central do município. Na visão dele, "a cidade está apresentando uma nova tendência, em que as lojas dos shoppings estão deixando esses locais e retornando ao centro, a fim de fugir dos aluguéis e taxas de condomínio praticadas nesses estabelecimentos", analisa.

 

Migração comercial


Como na região central os prédios comerciais estão escassos, Alberico diz que tais empresas estão optando por adquirir e se instalar em residências. "As residências na região central estão sendo revertidas para empreendimentos comerciais, com isso, o quadrilátero central voltou a ter uma procura muito grande. E assim o mercado fica aquecido e os preços sobem", afirma.

 
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