Área plantada de cana reduz 27% em Prudente

PRUDENTE - Jean Ramalho

Data 14/02/2016
Horário 09:44
 

Acompanhando uma tendência estadual, a região de Presidente Prudente teve uma queda considerável na área plantada de cana-de-açúcar durante a safra 2014/2015. Se comparada com a safra anterior (2013/2014), a região obteve um recuo de 27% na quantidade de ha (hectares) plantados, passando de 59.998, para 47.243. A microrregião de Dracena também acusou uma queda, caindo dos 8.439 para 7.213 ha, o equivalente a uma queda de 17%. Em todo o Estado, o recuo foi de 2,5%, sobretudo nos EDRs (Escritórios de Desenvolvimento Rurais) localizados na região oeste.

As informações foram divulgadas pelo IEA (Instituto de Economia Agrícola) e pela Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral) e levam em consideração o levantamento das Previsões e Estimativas das Safras Agrícolas, realizado em novembro do ano passado e divulgado no final de janeiro deste ano. Os números relatam que a safra da cana-de-açúcar no Estado teve um aumento de 0,8% em relação à safra 2013/2014 no que diz respeito à área explorada, ou seja, as áreas que se encontram em produção.

Já em relação à produção, o Estado atingiu a produção de 436,3 milhões de toneladas, com uma elevação de 8,0% em termos estaduais, sobretudo sob a influência das melhores condições climáticas de 2015, de acordo com o estudo. Na região de Prudente, a área em produção equivale a 540.028 ha e a produção ficou em 40.526.317 toneladas.

Prudente teve os melhores resultados da região, com 25.263 ha de áreas novas; 255.840 ha de áreas em produção; e uma colheita de 20.465.182 toneladas. Com a menor área nova plantada, que equivale a 7.213 ha, Dracena colheu 10.917.694 toneladas em 150.034 ha. Venceslau colheu 9.058.431 toneladas em 133.295 ha, mas catalogou apenas 11.182 ha de áreas novas plantadas.

 

Desvalorização


Tais resultados, de acordo com o estudo, sugerem que a queda na área plantada da cultura foi causada em virtude das atuais "políticas econômicas que vêm comprometendo as perspectivas para o setor da canavicultura", bem como um eventual êxodo dos produtores à pecuária de corte. Razões que se assemelham às dadas pelo diretor técnico da Cati de Dracena, Luís Alberto Pelozo. "Com a crise, o valor do arrendamento das áreas para cana-de-açúcar caiu, sendo assim de certa forma deixou de ser atrativo o arrendamento e muitos produtores foram obrigados a optar por outras culturas", examina.

 
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