Atividade em museu mostra arqueologia da região
Foram apresentados também uma grande variedade de pedras lascadas, lâminas de machado polidas, tembetás, boleadeiras e virotes.
Tigelas, pratos, potes e urnas funerárias de formas e tamanhos variados foram alguns dos itens que os visitantes puderam observar ontem, durante atividades realizadas no MAI (Museu de Arqueologia de Iepê). A data marcou a participação da unidade na 12ª Semana Nacional de Museus, período em que instituições museológicas de todo o país promoveram eventos em torno de um mesmo tema: "Museus: as coleções criam conexões".
Um dos destaques que os moradores puderam conferir ontem foi a maior urna funerária da tribo indígena Guarani no Brasil. Os itens são decorados com pinturas em preto e vermelho, além de incisões e entalhes. Foram apresentados também uma grande variedade de pedras lascadas, lâminas de machado polidas, tembetás, boleadeiras e virotes.
O evento foi feito a partir de uma parceria entre o Museu, a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a Prefeitura de Iepê.
Discutindo a história
Entre as atividades que marcaram o dia, foi realizada, pela manhã, uma mesa redonda com Nilton Oliveira, professor coordenador da Escola Indígena Índia Vanuíre, com participação da professora Juliana Aparecida Rocha Luz e do professor Danilo Galhardo. Houve também a palestra com o etnólogo e professor Paulo Santilli.
À tarde, uma oficina de pintura em cerâmica, arte rupestre e lascamento em pedra foi coordenada pelos professores André Felipe Alves, Eduardo Pereira Matheus e Douglas Henrique Vieira. Uma apresentação de harpa, com Pércio Rodrigues, concluiu as atividades do dia, que ainda teve apresentação musical em homenagem a Iepê, com os cantores Nilton e Meirieli.
O museu foi inaugurado no dia 30 de junho de 2000 e seu acervo é composto por mais de 70 mil peças com curadoria. Além dessas peças em exposição ou em reserva técnica, o MAI ainda possui cerca de 10 mil peças no Laboratório de Arqueologia Guarani, da Unesp, em fase final de curadoria.