Atraso na entrega de correspondências gera queixas

REGIÃO - Rogério Lopes

Data 15/01/2016
Horário 05:41
 

 

Os moradores de Álvares Machado reclamam dos constantes atrasos dos Correios na entrega das correspondências. Segundo os munícipes, a situação "está muito ruim", visto que há demora no trabalho e, por várias vezes, recebem as contas já vencidas. Além disso, pontuam que para receber os documentos em dia, precisam ir até a agência local para ver se os boletos ou outras encomendas chegaram e, assim, retirá-las do local. Os Correios confirmam a problemática e preveem que até o fim deste mês a situação se regularize.

O problema é encontrado em vários pontos da cidade e, pode ser que piore ainda mais no Parque dos Pinheiros e Jardim Panorama. Isso porque, conforme informações obtidas junto a um funcionário dos Correios de Machado, que não quis se identificar, a agência já recebeu um ofício da empresa informando que o posto de distribuição dos bairros citados vai ser fechado. Desta forma, as correspondências serão distribuídas diretamente pela repartição central do município.

Jornal O Imparcial Izabel Barros lembra que atrasos ocorrem "há tempos"

Além disso, o servidor ressalta que, realmente, existe um atraso nas entregas. Ele esclarece que o município conta com cinco carteiros para a realização dos trabalhos externos. Porém, um está de férias e outro teve que ser disponibilizado para os serviços nos bairros Jardim Panorama e Parque dos Pinheiros, após a Prefeitura encerrar os trabalhos de entrega que fazia naquela região. Com isso, o funcionário frisa que apenas três profissionais são responsáveis por atender toda a demanda dos demais bairros de Machado.

 

Correios

Por meio da Assessoria de Imprensa, os Correios informam que para minimizar os problemas à população de Álvares Machado, "a empresa vem tomando medidas, como a realização de  trabalho extraordinário e mutirões aos finais de semana". A previsão é de que até o fim deste mês a situação esteja regularizada.

Em relação ao déficit de empregados nas unidades, após determinação do Dest (Departamento de  Coordenação e Controle da Empresas Estatais), os Correios estão reavaliando todos os estudos relacionados ao quantitativo de vagas a serem preenchidas, bem como a necessidade de força de trabalho em cada localidade. "Tão logo os estudos estejam concluídos, daremos ampla divulgação sobre o assunto", aponta.

 

Prefeitura

Questionada sobre o motivo de interromper os trabalhos que fazia nos bairros mais afastado de Machado (Pinheiros e Panorama), a Prefeitura, por meio da Assessoria de Imprensa, enviou ofício em que encerrou o convênio firmado entre o órgão e os Correios, por considerar que os serviços citados "é de responsabilidade da empresa e achar que a população seria melhor servida". Esclarece ainda que os quatro servidores que faziam os trabalhos foram designados para outras funções municipais.

 

Dificuldades

Para os moradores, os atrasos têm causado "problemas e prejuízos". Isso porque, como citado acima, muitos boletos e contas têm chegado com vários dias de atraso e, assim, eles têm de arcar com os juros cobrados. O aposentado Aparecido Donizete da Silva, 55 anos, informa que para não correr o risco de receber as contas em atraso, costuma ir até a agência para retirar os documentos. "Quando chega a véspera de pagar e não recebi, vou retirar nos Correios", cita.

Aparecido esclarece que já ligou na ouvidoria da empresa para relatar os problemas, por mais de uma vez. "Só falaram que dois funcionários estavam afastados por motivo de saúde, mas nada foi resolvido", acrescenta. A estudante Aline Vanessa Leite, 33 anos, também confirma a situação e diz que "os atrasos são constantes".

Morador do Jardim Panorama, o aposentado Pedro Pinto dos Santos, 70 anos, lembra que teve que comparecer na agência para conseguir retirar uma encomenda. "Tive que sair daqui e ir até lá, pois não recebi em casa", completa. Ele ressalta que o problema é "antigo e atinge todo o bairro". "Isto dificulta a vida das pessoas", complementam as moradoras do Parque dos Pinheiros, Cilene de Paula Santos Oliveira e Izabel Maria de Barros, ambas de 51 anos. Elas garantem que os atrasos ocorrem "há tempos".
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