A Justiça marcou para esta terça-feira uma audiência entre Agesner Monteiro da Silva, proprietário do maior salão de festas do oeste paulista, o Red Eventos, em Regente Feijó, e sócio da Monteiro Formaturas e Eventos, empresa sedia em Presidente Prudente e em Bandeirantes (PR), na batalha judicial movida pelo empresário contra a cantora Ana Castela.
Ele, que em informações repassadas à reportagem, declarou ter investido na Boiadeira, antes dela atingir o sucesso, em 2022, se diz vítima de um golpe milionário, pois, detendo contratualmente 20% de participação na carreira da artista, foi afastado ilegalmente das participações e dos lucros de shows, royalties e contratos publicitários, um prejuízo calculado em R$ 150 milhões. A Assessoria de Imprensa da cantora foi procurada, mas não se pronunciou sobre o caso.
O encontro entre as partes, nesta terça-feira, ocorrerá às 14h, na 7ª Vara Cível de Londrina (PR) e, faltando poucos dias para a audiência, o empresário e investidor rompeu o silêncio. Em um vídeo publicado na internet neste fim de semana, Agesner apresentou uma série de provas, incluindo contratos, áudios, conversas e documentos, que, segundo ele, demonstram a veracidade de sua participação como sócio investidor na carreira da artista.
Agesner recorda o início da relação profissional com Ana Castela até os conflitos que culminaram na batalha judicial. Ele afirma ter sido o primeiro a acreditar e investir na carreira da cantora, tendo, em 2021, firmado um acordo com a cantora e sua família, selado em contrato, prevendo um investimento inicial de até R$ 100 mil em troca de 20% dos lucros, em um modelo chamado “contrato 360” – com participação nos rendimentos de shows, publicidade, plataformas digitais e outros produtos derivados da imagem da artista.
Conforme o empresário, a ruptura entre as partes começou quando Ana e seus responsáveis passaram a desconsiderar o contrato e os acordos estabelecidos, tentando renegociar ou anular sua participação. Agesner também rebateu a versão de que o contrato teria sido encerrado em 2022, esclarecendo que ele segue vigente e que só será debatido oficialmente na audiência. “Eu não quero a parte de ninguém. Quero apenas o que me pertence. Todo mundo ganhou. Só eu, que coloquei tempo, dinheiro e trabalho, fiquei de fora. Isso não é justo”, afirma o sócio investidor.
Rol de testemunhas
Ponto de destaque nessa batalha, conforme Agesner, veio à tona nesta segunda-feira, quando veio a público a informação de que Marcos Mioto, pai do cantor Gustavo Mioto, ex-sogro de Ana e hoje o responsável exclusivo pela agenda de shows da artista, deixou de integrar a lista de testemunhas da artista. Para o empresário, a mudança teria ocorrido pelo fato de Marcos Mioto, conhecido por sua postura ética e profissional, não querer compactuar com as ações da cantora no caso.