Autenticidade do álcool em gel

Permissão para a fabricação e venda de produtos para higienização, segundo a Anvisa, visa aumentar a oferta dos produtos no mercado para que a sociedade tenha mais acesso a itens de proteção

REGIÃO - WEVERSON NASCIMENTO

Data 12/04/2020
Horário 16:28
Isadora Crivelli: Álcool em gel: o produto ideal
Isadora Crivelli: Álcool em gel: o produto ideal

Recentemente, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) definiu critérios e procedimentos para fabricação e venda de produtos para higienização, sem autorização prévia do órgão. As regras se aplicam a preparações antissépticas e sanitizantes oficinais (obtidos por meio de manipulação). Um desses exemplos é o álcool gel, que serve para higienizar as mãos e objetos. A medida é extraordinária e temporária e foi motivada pela situação de emergência pública provocada pelo novo coronavírus. Mas, e quando saber se o produto que você adquiriu não é um falsificado? Para responder esta pergunta a reportagem conversou com a farmacêutica e sócia-proprietária da Botica Nativa, Vanderci Afonso Cancian.

Segundo ela, infelizmente o produto pode ser falsificado ou não atender à assepsia correta das mãos. Para isso, a recomendação é que o consumidor teste antes o produto que, como característica principal, deve ter a consistência de gel, ou seja, uma concentração de volume de polímero. “Se ele for líquido demais significa que a concentração está fraca e não fará o efeito desejado, ou seja, quanto mais líquido for, mais rápido ele irá evaporar e, consequentemente, trará menos proteção para as mãos. Neste momento, inclusive, o recomendável é a utilização do produto na categoria de medicamento” explica. O risco da utilização de produtos que não atendem à categoria medicamentosa, segundo a farmacêutica, também pode prejudicar a saúde da pele causando o ressecamento.

 

PERMISSÃO E

FABRICAÇÃO

A permissão para a fabricação e venda de produtos para higienização, segundo a Anvisa, visa aumentar a oferta dos produtos no mercado para que a sociedade tenha mais acesso a itens de proteção. Quando utilizados da forma correta, os antissépticos são eficazes no combate a contaminações e reduzem a presença de microrganismos nocivos à saúde, como vírus e bactérias, segundo o órgão.  

Ainda de acordo com a Anvisa, terão permissão para fabricar e vender os produtos as empresas de medicamentos, saneantes e cosméticos regularizadas com AFE (Autorização de Funcionamento), alvará ou licença sanitária emitida pelo órgão de saúde competente dos estados, Distrito Federal e municípios. Além disso, as empresas devem ter todas as permissões legais para funcionamento, inclusive para fabricação e armazenamento de substâncias inflamáveis. As normas estão na RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) 350/2020 e tem validade de seis meses.

 

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