A autossabotagem é algo que faz parte do desenho de comportamento do ser humano. Somente aqueles que identificam os gatilhos emocionais que geram o impulso e se esforçam para superá-los podem se ver livres dos efeitos nocivos deste comportamento. O comércio em geral explora uma autossabotagem muito conhecida pelo consumidor: as compras por impulso. Estas compras estão ligadas ao consumo de itens que não são de primeira necessidade, fazendo o consumidor acumular bens, que muitas vezes nem serão utilizados.
O mesmo impulso que leva a compra daquele relógio, roupa ou sapato que logo ficará sem uso, pode motivar gastos desnecessários na empresa, gerando custos que poderiam ser evitados se não fossem feitos por impulso. Por isso, os especialistas sugerem que se invista numa noite de sono antes de uma decisão importante de compra. Perguntar-se se realmente é hora mesmo de comprar uma nova máquina, contratar novos funcionários ou reformar a empresa.
Muitas vezes, ao lutar contra o impulso e a autossabotagem, percebe-se que a decisão pode ser adiada ou que há outros investimentos que demandam mais prioridade.
Uma outra influência que gera autossabotagem empresarial é o comportamento da liderança e o exemplo que este comportamento gera para equipe. A postura dos líderes são balizadores e moldam as atitudes dos colaboradores dentro da empresa. Por isso, torna-se crucial ser o exemplo daquilo que se espera dos funcionários, para evitar que comportamentos prejudiciais à empresa se perpetuem na organização.
O autoconhecimento e determinação para combater a autossabotagem empresarial permitem criar hábitos mais saudáveis, produtivos e rentáveis. Empresas mais enxutas, focadas na produtividade, redução de custos e no alinhamento das necessidades e desejos dos clientes, terão mais chances de sucesso. Assim como acontece com o consumidor, é preciso lutar contra a autossabotagem, focando em soluções e no alinhamento do que realmente necessita e deseja seu respectivo mercado final.
