Bailarinos comemoram experiências em festival

Grupo de PP foi uma das 4 equipes a representar o país ao lado de Minas Gerais, Pará e São Paulo no Livorno In Danza, na Itália

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 01/02/2017
Horário 08:17
 

Após cinco dias intensivos de aulas, cursos e apresentações, grupo prudentino composto por 11 bailarinos, sob o comando do professor e coreógrafo Emerson Euzébio, do Espaço Corpo Que Dança, retorna da Itália com uma bagagem de conhecimento e boas e ricas experiências. Do dia 20 a 24 de janeiro, eles simplesmente brilharam em solo italiano, como um dos representantes das quatro equipes brasileiras no Festival Livorno In Danza, em Livorno, ao lado de bailarinos de Minas Gerais, Belém (PA) e São Paulo. Ao todo, estavam no evento cerca de mil bailarinos, de 50 grupos convidados da própria Itália, Rússia, Grécia, Espanha, Ucrânia, Roma, França e Malta.

Jornal O Imparcial Sob o comando do professor e coreógrafo Emerson Euzébio, 11 bailarinos brilharam em solo italiano

De acordo com Emerson, já chegaram lá fazendo aulas, onde o Brasil, Itália, Rússia e Espanha tiveram uma atenção especial nessa atividade. "Foi muito interessante, com atuação em dança moderna contemporânea e clássica. Depois passamos por ensaios, o que nos proporcionou intrecâmbio com alunos de outros paises. E na sequência, ocorreram as apresentações, quando dançamos no sábado e domingo", expõe o professor.

Ele menciona ainda muito orgulhoso, da oportunidade do master class onde os bailarinos tiveram contato com grandes olheiros da Itália e Estados Unidos, para possíveis contratações e bolsas de estudo. E a alegria de três dos alunos, Lara Martinez, Mariana Oliveira e Kennedy Wagner receberem o convite para seguirem nesse processo por um renomado professor italiano, Mauro Astolph.

"Ele tem uma escola, como se fosse uma faculdade de formação, em Roma, onde aplica seu próprio método de dança. A viagem foi recheada de grandes surpresas. Uma delas foi ter a certeza e entender que nosso trabalho tem o nível do primeiro mundo, quando muitas vezes menosprezamos e achamos que vamos encontrar lá coisas fora do comum. Ao contrário disso, nos enxergamos nivelados e vimos outros trabalhos em mais deficientes em termos artístico e técnico", frisa o bailarino.

 

Fortalecimento

Emerson afirma que isso fortaleceu muito a ideia do grupo desse colonialismo, de ficarem supervalorizando o que tem lá fora e não o que é feito aqui. Ele é enfático ao ressaltar que o grupo voltou com essa consciência na bagagem. Claro que a principio surgiu certo medo, um receio de como seria lá. O que é normal. Mas...

"Nosso trabalho foi muito bem aceito. A coreografia que fizemos especialmente para o festival, ‘Nossa Pele’ foi o que fez mais sucesso. Fomos aclamados por outros professores surgindo, inclusive, um convite para um circuito internacional de dança onde estamos pleiteando uma ida para a Holanda", dá a boa notícia.

 

Belezas da Itália


O bailarino prudentino, que tanto luta pela dança com sua escola e outras da cidade, não se cansa de exclamar que foi tudo maravilho, com muita dança, muita aula e até puderam se privilegiar conhecendo alguns dos famosos pontos turísticos da Itália, como o Museu de Davi Michelangelo, em Florença e a Torre de Pisa.

"Tudo isso é arte e cultura quer toma conta da gente. E trazemos isso para a nossa querida Presidente Prudente. Os 11 alunos que foram voltaram com outra consciência e vão se encontrar e passar as excelentes experiências para outros bailarinos. Então acho que a coisa é bem antropofágica, a gente vai se contaminando e isso vai se transformando", destaca Emerson.

Segundo o professor, Prudente foi a maior delegação das que foram representar o Brasil com o jovem Kennedy sendo o único solista do país dançando a coreografia "Paisagem". "Me sinto orgulhosíssimo! Ele recebeu muitos elogios pelo trabalho, técnica e a partir desse olhar foi observado por algumas companhias que estão em acerto para ele poder estudar. Foi tudo muito rico! Muito rico mesmo!", exclama Emerson.


Fizeram bonito


Embarcaram para Livorno ao lado do coreógrafo Emerson Euzébio, os já citados Kennedy Wagner, Mariana Oliveira e Lara Martinez e, Anna Beatriz Alvim, Eliane Klienchen, Rebeca Tedeschi, Rute Alessi, Tathiane Gutierre, Rejane e Karolayne Ignácio.

Se antes de embarcar o jovem bailarino Kennedy, de 17 anos, bailarino a cerca de cinco anos, estava irradiante, imagine nesse retorno. Para ele, ser o único solista masculino do Brasil, no berço da dança, com certeza foi um momento gratificante e marcante em sua carreira.

"O professor de Roma se interessou e nos deu a oportunidade de mandar um material em vídeo a ele para passar por uma seleção, uma das fases do teste. Só o fato de ter sido percebido por esse olhar já é uma conquista, resultado de um trabalho intenso e que representei bem o meu país, repito: sendo o único menino representante da nossa dança", exalta Kennedy.

 
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