Bancários rejeitam proposta patronal e greve continua

PRUDENTE - Bruno Saia

Data 22/10/2015
Horário 08:13
 

Uma proposta de 7,5% de reajuste, que teria sido apresentada na terça-feira, foi prontamente rejeitada pelos bancários, ainda na mesa de negociações, realizada em São Paulo (capital). "Eles chamaram para a reunião e apresentaram uma proposta que nem mesmo chegou às perdas com a inflação, que foi de 9,8%", destaca o presidente do Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente e Região, Edmilson Trevisan. Ontem à tarde uma nova rodada de negociações foi realizada entre sindicalistas e representantes dos bancos, no entanto, as discussões sobre índices de reajustes, entre outros benefícios, não haviam terminado até o fechamento desta edição.

"Queremos discutir um aumento real e não vamos aceitar nada menos do que a inflação", ressalta o sindicalista, que lembra ainda que os principais bancos do país registraram um aumento no seu faturamento de 27%, entre janeiro e junho de 2015, na comparação com o mesmo período do ano anterior, com lucros estimados em R$ 36 bilhões. "Outras categorias, que foram afetadas pela crise econômica, tiveram aumentos maiores que os nossos", pontua. Os bancários querem reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), entre outras reivindicações.

Segundo o Sindicato dos Bancários, 95% dos cerca de 1,2 mil trabalhadores da região aderiram ao movimento. Durante a paralisação, os clientes dos bancos devem utilizar canais alternativos, como os caixas eletrônicos ou a internet, para o pagamento de contas e outras transações. Casas lotéricas também são opções.

 

Em andamento


Procurada pela reportagem ontem, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) citou a nova reunião que ainda estava em andamento até o início da noite, com a participação de representantes dos bancários. Nesta quinta-feira a greve dos bancários completa 17 dias e na região todas as agências estão fechadas.
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