Depois de 31 dias de greve, os bancários retomaram os trabalhos ontem, em pleno 5º dia útil, em ritmo acelerado. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente e Região, Edmilson Trevisan, a movimentação nas agências foi intensa, no entanto, isso já era esperado pela categoria, que tentou atender os clientes da melhor forma possível. No calçadão de Prudente, o fluxo nos caixas eletrônicos era elevado por volta das 16h. No entanto, usuários que deixavam os bancos não reclamavam de filas ou demora nos atendimentos.

É o caso da auxiliar de ensino, Erbens Gomes Maciel, 55 anos, que, acompanhada da filha, a estudante Lýcia, 23 anos, precisou ir a uma agência da área central em busca de procedimento que só poderia ser realizado após o fim da greve, diretamente com os atendentes. "Não tinha fila. Pegamos uma senha e esperamos uns 15 minutos. Foi rápido", conta. O mesmo falava a dona de casa Ivete Sian, 59 anos, que depois de realizar operações no caixa eletrônico esperava sua filha ser atendida. "Estou aguardando, mas pelo que estou vendo aqui vai ser rápido. Está tranquilo", avalia.

Fluxo nos caixas era elevado por volta das 16h de ontem

Na saída de outra agência, a jovem Carolina Laurente Lopes, 17 anos, comentou que a movimentação estava acima do normal, porém, não tinha tido problema para realizar qualquer transação. Conta que esperou na fila apenas cinco minutos para então conseguir fazer a operação que precisava.

 

Feriado

Edmilson diz que o feriado da próxima semana, na quarta-feira, em celebração à Nossa Senhora Aparecida e ao Dia das Crianças, pode atrapalhar um pouco a retomada dos trabalhos. "Mas, acredito que até o fim da próxima sexta-feira estará tudo normalizado", comenta.

Em nota divulgada ontem, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) revelou que em "grande parte" das assembleias realizadas em todo o país, na quinta-feira, os bancários aprovaram a contraproposta dos bancos e decidiram retornar ao trabalho ontem. A convenção coletiva terá validade de dois anos e prevê 8% de reajuste mais abono de R$ 3,5 mil, em 2016. No vale-alimentação, o aumento será de 15%, e no vale-refeição e no auxílio creche/babá, de 10%. "Em 2017, a Fenaban fará a reposição integral da inflação mais 1% de aumento real nos salários e em todas as verbas", destaca.