Bandinha Popular e As Galvão animam o Sesc PP nesta tarde

Show reproduz sonoridade tradicional das apresentações populares que ocorriam em praças de várias cidades

VARIEDADES - Oslaine Silva

Data 21/09/2013
Horário 00:21
 

Um show musical, recortado por causos e histórias, que se transforma em uma grande festa caipira. Bom não é mesmo? Pois então pode se animar e se preparar porque neste sábado, é o que terá na Área de Convivência, do Sesc Thermas de Presidente Prudente, às 16h. E o melhor: a entrada é franca.

Jornal O Imparcial Mary e Marilene começaram a trajetória artística em Paraguaçu

Esta animação toda será com a Bandinha Popular, de São Paulo e as irmãs Mary e Marilene, conhecidas como As Galvão, que recentemente ganharam um memorial no distrito de Sapezal, em Paraguaçu Paulista, onde a dupla teve sua origem musical artística há exatos 67 anos.

Segundo o diretor musical do espetáculo, Paulo Serau, 30 anos, a Bandinha Popular, formada em 2011, apresenta uma formação pitoresca, com instrumentos que marcaram décadas com sua sonoridade. E conduzindo esses instrumentos, músicos apaixonados pela reprodução da sonoridade tradicional das apresentações populares que ocorriam em praças de várias cidades com suas bandinhas.

Abrilhantando assim o palco prudentino, estarão Jefferson Babu (tuba), Carol Rangel (trombone), Sidnei Barros (trompete), Flávio Rubens (clarinete), Lucila Ferrine (flautim), Cleber Silveira (acordeom), o próprio diretor, Paulo Serau no violão-tenor, Alexandre Cortina (bateria) e Márcio Sorriso (percussão).

"Acreditamos fielmente que existe a necessidade de preservar o que já foi tão presente em todos os cantos do Brasil. Queremos trazer de volta aquela sonoridade e o saudosismo que emanava das antigas bandas de coreto", ressalta.

Ele conta que a Bandinha abre o show tocando alguns chorinhos, maxixes, valsas, como "Tico-Tico no Fubá" e "Jura", entre outros. Depois As Galvão entram com seus clássicos sucessos da música sertaneja raiz.

No repertório, sucessos cantados aos quatro cantos, como "Beijinho Doce", "Cana Verde", "Moreninha Linda", "No Calor de Seus Braços" e "Colcha de Retalhos". "Entre uma música e outra, fazemos uma homenagem à cultura sertaneja. Estamos começando, este é o segundo show que fazemos e pedimos o apoio dos que relembram e sentem saudades do que faz parte de nós. Compareçam ", convida.

 

O projeto


O diretor comenta que este projeto de trabalhar com As Galvão nasceu a partir de uma parceria com o produtor delas, que inclusive, já haviam feito um outro trabalho juntos. Para ele, as duas são ícones que representam não só o sertanejo do Brasil, mas a força feminina, que sobreviveu a tempos machistas.

"Sem contar que a apresentação delas é pura diversão, com total contato com o público. É impressionante a naturalidade, intimidade que elas têm com o palco e as pessoas. Tudo isso somado ao pitoresco da Bandinha conseguimos preservar nossa história musical de forma leve e muito animada", ressalta.

 

As Galvão


Com mais de 60 anos de carreira e 300 músicas gravadas, Mary e Marilene Galvão começaram a trajetória artística em Paraguaçu Paulista, em participações em programas de rádio por volta dos anos 50. Em seguida, disputaram concursos de calouros em São Paulo, onde foram contratadas para se apresentar em emissoras como a Nacional e a RCA. O primeiro disco da dupla, "As Fabulosas Irmãs Galvão", foi lançado em 1959, em dois volumes, com um total de 50 músicas gravadas.

De acordo com Mary, o último trabalho em estúdio das Galvão foi o álbum "No Calor de Teus Braços e Outros Sucessos" (2012), com clássicos que marcaram a carreira delas, além de três canções inéditas.

"Voltar a Prudente com este projeto maravilhoso do Paulo é simplesmente emocionante demais. São 67 anos de carreira solidificada pela credibilidade e o respeito do público para conosco. Estamos profundamente felizes mesmo e queremos ver o espaço cheio de pessoas também felizes!", exclama.

 

Lugares da Memória


Este show faz parte do Festival de Turismo: Lugares da Memória, que busca valorizar o público da terceira idade como agente social na construção e transformação de suas comunidades, e também integra as ações em comemoração aos 50 anos de Trabalho Social com Idosos, desenvolvido pelas unidades do Sesc em todo o Brasil.

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