Existente em Presidente Prudente desde 2016, a Associação Protetora dos Animais Beco da Esperança é uma ação sem fins lucrativos que resgata e cuida de cachorros abandonados em situação de rua. Apenas neste ano, a entidade promoveu 100 adoções desses animais e, segundo a vice-presidente Gisela Sapede Rodrigues da Silva, o número é o dobro do registrado em 2017. Porém, afirma que nem tudo vai “tão bem assim”. Isso porque, atualmente, a instituição conta com 50 cães abrigados em dois locais emprestados por voluntários e “está no limite, sem conseguir resgatar mais nenhum animal”. Em busca de ajuda do poder público para conquistar um espaço próprio, Gisela acredita que em 2019 a equipe de 23 voluntários “tem tudo para realizar o sonho do lar do Beco”.
Já que, de acordo com a vice-presidente da instituição, 2018 foi de bons ventos para a associação que, além de aumento nas adoções, ganhou mais visibilidade do poder público. “Conseguimos várias reuniões com o Ministério Público [do Estado] neste ano, que têm apoiado a nossa causa. Temos projetos de conversar com a Prefeitura no ano que vem também, vemos que existe uma boa vontade, acredito que agora eles viram que vale a pena ajudar nosso projeto”, explana. Enquanto esse momento não chega, Gisela ressalta que o Beco se mantém totalmente de doações e dos bazares mensais que são realizados.
“Temos um local emprestado por uma das nossas voluntárias, no qual realizamos os bazares para custear gastos com alimentação, tratamentos de veterinário e remédios dos cachorros. Vendemos de tudo, roupas, sapatos, utensílios domésticos, tudo conseguido por meio de doações também”, explica a vice-presidente do Beco.
História de esperança
Conforme Gisela, todos os animais resgatados são provenientes da rua e foram vítimas de maus-tratos. Nesse contexto, o Beco atua como intermédio desses bichos com consultas veterinárias e tratamentos necessários para restaurar a saúde e qualidade de vida dos atendidos. “Vacinamos, castramos e encaminhamos para a adoção, que nós mesmos promovemos por meio das redes sociais e com a ajuda de voluntários que compartilham as publicações”, diz.
Hoje os locais são cedidos por pessoas que preferem manter o anonimato e, para Gisela, são pessoas assim “que ajudam a manter a iniciativa viva e são essenciais para que o Beco exista”. Com isso, denota ser notório que “cada vez mais pessoas” estão se sensibilizando com a causa dos cães abandonados. “É uma vida de um ser vivo que está sendo salva, por isso sabemos que o nosso papel é importante na sociedade e a população precisa cada vez mais entender que essa é uma causa de todos, é um problema e uma preocupação que tem que ser de todo mundo”, expõe.
Cenário em Prudente
Gisela explica que a população “tem mudado muito” em relação aos animais. “Quando começamos, conheci a Luciana [presidente do Beco] em outro trabalho voluntário que fazíamos, vimos a necessidade de criar um projeto que, de fato, resgatasse esse animais, e hoje vemos que a adoção já é muito bem recebida, mas a questão do abandono segue grave”, ressalta. Para ela, esse contexto se explica pelo fato das pessoas estarem “conhecendo melhor” o trabalho realizado pelo Beco. “O que falta é a consciência de que se trata de um ser vivo e que não merece ser abandonado”, reforça.
SERVIÇO
Doações ao Beco da Esperança podem ser realizadas por meio de depósito na conta bancária da associação (número: 1886-0, agência: 4114, operação: 003, da Caixa Econômica Federal). Já o endereço do bazar é Rua São Sebastião, 746 – Vila Machadinho, em Presidente Prudente. Para entrar em contato com a equipe, basta acessar a página no Facebook “Beco da Esperança PP” e no Instagram @becodaesperancapp.
