BQ.1: infectologista fala sobre nova variante da Covid-19

André Luiz Pirajá diz que a nova cepa tem sim maior possibilidade de transmissibilidade, o que não quer dizer maior resistência

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 10/11/2022
Horário 07:13
Foto: Reprodução 
Nova variante da Covid-19, a BQ.1, subvariante da Ômicron, vem ganhando espaço pelo país
Nova variante da Covid-19, a BQ.1, subvariante da Ômicron, vem ganhando espaço pelo país

Novamente o aumento crescente de uma nova variante da Covid-19 vem ganhando espaço pelo país. Trata-se da BQ.1, uma subvariante da Ômicron, que já fez a sua primeira vítima, uma mulher de 72 anos. Segundo confirmação da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, ela estava internada em um hospital de São Paulo. O infectologista de Presidente Prudente, André Luiz Pirajá da Silva, diz que a nova cepa tem sim maior possibilidade de transmissibilidade, o que não quer dizer maior resistência. 
Ele explica que na virologia, quanto mais transmissível o vírus se torna, menos danoso, ou seja, menos letal ele é. “É o caso que acontece com as vacinas aliadas a isso nos protegendo. O problema é que justamente a população deixou de tomar a sua primeira, segunda dose de reforço. As crianças estão com a carteira de vacinação atrasada, porque os pais não estão as levando para vacinar”, frisa o médico.
Outra crítica que Pirajá ressalta que pode ser colocada é justamente acerca de “não termos a vacina combinada que já tenha o vírus original e o vírus da subvariante Ômicron, que tem no hemisfério norte. Mas, isso é muito importante frisar, que quem toma a sua dose reforço, o vírus original, com a vacina de reforço, tem a proteção de forma adequada”.

“Covid continua sendo Covid"

Pirajá destaca que a Covid continua sendo Covid com a sua sintomatologia. E é preciso entender que o vírus Sars-CoV-2 é altamente mutável, então, é mais do que esperado que subvariantes surjam. Desta forma, qualquer pessoa que tiver sintomas gripais precisa ser testada.
De acordo com o médico, com períodos de aglomerações como o eleitoral, em breve a Copa do Mundo, as festas de fim de ano, a tendência é as pessoas se aglomerarem, e as consequências podem ser novos surtos se as pessoas não se cuidarem. 
Aqui ele chama a atenção para aqueles mais vulneráveis, como os idosos e crianças, pessoas com comorbidades que são os mais suscetíveis, que evitem os ambientes de superdisseminação e se não puderem que usem máscaras em locais fechados, transportes públicos. É fundamental que a população tenha essa consciência.
Outro dado bem interessante que ele cita é o clima. Pois estamos vivendo um período bastante atípico, uma primavera com cara de inverno e isso também favorece a disseminação do vírus aonde as pessoas procuram ambientes mais fechados e aglomerados. “Precisamos correr contra o tempo para evitar que novos surtos de Covid venham a ocorrer. E mais importante: esperar que tenhamos vacinas bivalentes, aquelas pessoas que tiverem essa disponibilidade, protejam-se o quanto antes”, exalta o médico.

Foto: Cedida


Pirajá diz que problema é que a população deixou de tomar as doses de reforço da vacina

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