Câmara debate desativação de postos policiais

Vereador Izaque Silva, após não receber posicionamento da Polícia Militar, decidiu levar à sessão de ontem o fechamento de 5 unidades da corporação em Prudente

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 26/02/2019
Horário 06:17
José Reis - Unidade da Praça Nove de Julho é uma das que permanecem sem alterações no atendimento
José Reis - Unidade da Praça Nove de Julho é uma das que permanecem sem alterações no atendimento

Estava prevista para ser debatida na sessão ordinária da Câmara Municipal de Presidente Prudente, ontem, a mudança aplicada em postos policiais do município, já que nos últimos cinco meses, conforme noticiado por este diário, a Polícia Militar desativou cinco unidades que prestavam atendimento à comunidade, devido a uma reestruturação interna e que objetiva a mobilidade ao policiamento ostensivo. Segundo o vereador responsável por levar o tema à tribuna, Izaque José da Silva (PSDB), a iniciativa se deu a partir da ausência de respostas de requerimento protocolado e aprovado pela Câmara e que pedia à corporação algumas explicações sobre o tema, além da “indignação dos moradores”.

Na última semana este diário noticiou que a Polícia Militar alegou que as mudanças visavam diminuir “ainda mais” os indicadores criminais, o que aumentaria a sensação de segurança na comunidade por meio de reforços no patrulhamento nas vias. Na ocasião, a reportagem informou ainda que as mudanças estruturais e urbanas, e as novas tecnologias, não tornavam mais estratégica a manutenção dos postos fixos de algumas localidades, o que fez com que cinco dos postos fossem desativados nos últimos meses.

Por isso, o vereador, à reportagem, afirmou ontem que tomou conhecimento dos desligamentos ainda em outubro, sendo que pouco tempo depois, em novembro, apresentou um requerimento que solicitava informações à corporação sobre os fechamentos de unidades. “Como eu não obtive nenhum retorno, procurei pessoalmente o comando da 1ª companhia da corporação, que afirmou se tratar de uma decisão administrativa, foi quando fomos, então, ao 18º batalhão, que também alegou ser uma decisão definitiva e sem retorno”.

Sem uma resposta do requerimento protocolado, Izaque afirma que foi “com surpresa” que ele presenciou o desligamento de algumas unidades, o que o fez receber alguns moradores preocupados com a situação, e resultou na iniciativa de levar ontem à Câmara o assunto a ser debatido, mas sem nenhuma formalização documental, por enquanto, já que ele ainda aguarda um posicionamento da polícia. “Queremos um parecer documentado, justamente por causa da insatisfação do povo”.

A reportagem solicitou uma nota da Polícia Militar, mas não recebeu um retorno até o fechamento desta edição. No entanto, em posicionamento enviado na última semana, quando foi abordado o tema, a corporação alegou que “os postos policiais atendiam apenas 1,4% do total de ocorrências geradas e, com o advento do boletim de ocorrência eletrônico, em que cada viatura está equipada com um terminal móvel de dados, não há a necessidade do cidadão se deslocar ao posto policial militar para confeccionar o documento”.

As unidades desligadas, conforme apurado pela reportagem, são: a do Parque do Povo, na Avenida 14 de Setembro; Jardim Vila Real; Jardim Itatiaia; Cecap; e Jardim Brasil Novo. Em caso de necessidade, a polícia orienta para que o cidadão siga à base comunitária de segurança, situada na Praça Nove de Julho, ou ao Posto Policial Militar 5 e na Praça Orlando Cassimiro da Motta, no Parque São Judas Tadeu.

Bairros em que postos da PM foram desligados

- Parque do Povo (Avenida 14 de Setembro);

- Jardim Itatiaia;

- Jardim Vila Real;

- Jardim Brasil Novo;

- Cecap.

Fonte: Polícia Militar

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