Candidatos da região estimam gastar R$ 73 mi em campanha

Na segunda posição, o vereador prudentino Izaque José da Silva (PSDB), que também concorre ao cargo de deputado federal, definiu o teto máximo de R$ 6 milhões. Mesma quantia de Paulo Alexandre Lopes, do Solidariedade, que busca um lugar em Brasília.

REGIÃO - Jean Ramalho

Data 15/07/2014
Horário 08:18
 

A Copa do Mundo chegou ao fim e, até 5 de outubro, a atenção dos brasileiros deve voltar-se principalmente para a corrida eleitoral aos cargos de presidente da República, deputados federal e estadual, senador e governador do Estado. Na região de Presidente Prudente, 19 políticos de 13 siglas distintas confirmaram suas candidaturas junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sendo 12 para a vaga de deputado estadual e sete para a função de deputado federal. No total, os candidatos estimam gastar até R$ 73 milhões durante o pleito, com uma média de aproximadamente R$ 3,8 milhões cada. Em contrapartida, na declaração de bens, o poder econômico de todos alcançou a somatória de cerca de R$ 46,6 milhões.

Em meio aos candidatos da região que constam no cadastro do DivulgaCand (Sistema de Divulgação de Candidaturas) do TSE, o aspirante a uma cadeira no Congresso Nacional, vice-prefeito de Presidente Prudente, Marcos Vinha (PT), estipulou seu limite de gastos com a campanha em R$ 10 milhões. O valor é o maior entre os 19 candidatos da região. Na segunda posição, o vereador prudentino Izaque José da Silva (PSDB), que também concorre ao cargo de deputado federal, definiu o teto máximo de R$ 6 milhões. Mesma quantia de Paulo Alexandre Lopes, do Solidariedade, que busca um lugar em Brasília.

Com o maior patrimônio entre todos os concorrentes, com aproximadamente R$ 40,3 milhões, o empresário Paulo César de Oliveira Lima (PMDB) estima gastar o montante de R$ 5 milhões durante os três meses de campanha. Assim como ele, outros sete políticos da região traçaram o valor de R$ 5 milhões como meta de gastos ao longo do pleito. Na briga pela reeleição ao cargo de deputado estadual, Ed Thomas (PSB) colocou como limite de gastos a cifra de R$ 3 mil.

 

Limite de gastos

Em compensação, outros três candidatos a uma vaga na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado) aparecem com o limite de gastos zerado no DivulgaCand. São eles: Pablo Danilo Câmara de Araújo (DEM), Fábio César Sato (PPS) e o candidato à reeleição, Mauro Bragato (PSDB). Procurado pela reportagem, Bragato disse desconhecer o fato, mas afirmou que iria checar a informação com seus assessores. "Talvez tenha ocorrido algum erro de digitação", justificou.

Na mesma linha, o candidato do Democratas disse não se recordar dos valores estabelecidos, contudo, afirmou ter "oficializado corretamente sua candidatura". Por sua vez, Fábio César Sato não foi encontrado pela reportagem até o fechamento desta edição. Conforme o TSE, o limite de gastos deve ser fixado pelo partido político ou coligação e serve para delimitar os valores que serão empregados pelo candidato durante o período eleitoral.

 

Declaração de bens

No ranking das declarações de bens, a renda média declarada pelos candidatos foi de R$ 2.454.688,84. O peemedebista Paulo César de Oliveira Lima ocupa o primeiro lugar, com R$ 40.326.269,02. Na sequência, Reinaldo de Souza Alguz (PV), que concorre à função de deputado estadual, declarou o montante de R$ 1.620.877,11 à Justiça Eleitoral.

Na contramão dos concorrentes da região, outros três políticos afirmaram não possuir bem algum ao TSE: Arlindo Munuera Júnior (PRP), que busca uma cadeira no Congresso Nacional, bem como Luis Augusto da Silva Cunha e Dehon Aparecido Toso, que concorrem ao cargo de deputado estadual pelo Solidariedade. Ainda assim, todos colocaram como meta gastar até R$ 5 milhões durante o pleito eleitoral.

 

Regime de plantão

Com o prazo para os candidatos requererem seus registros perante o TSE encerrado no sábado, a PRE-SP (Procuradoria Regional Eleitoral) em São Paulo criou uma força-tarefa para trabalhar nas eleições, analisando as fichas das cerca de 3.300 pessoas que pediram o registro de candidatura para os cargos eletivos. Conforme a Assessoria de Imprensa do órgão, a partir da publicação do edital com os pedidos de registro de candidaturas, feita ontem, a Justiça Eleitoral terá o prazo de cinco dias corridos para atualizar o banco de dados nacional com a primeira filtragem de possíveis inelegibilidades, conforme as hipóteses listadas na Lei da Ficha Limpa.
Publicidade

Veja também