Caps ganha unidade de acolhimento infantojuvenil

Propósito é oferecer moradia para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade e promover sua reintegração à sociedade

PRUDENTE - André Esteves

Data 08/06/2016
Horário 11:25
 

 

A Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente inaugurou, na manhã de ontem, a primeira casa de acolhimento infantojuvenil para crianças e jovens em situação de dependência química e com transtorno mental. A unidade está ligada ao Caps (Centro de Atendimento Psicossocial) e deve abrigar dez jovens em estado de vulnerabilidade. Hoje, a equipe atende 226 pessoas de 5 a 17 anos. Deste total, 34 recebem tratamento contra o álcool e outras drogas.

Jornal O Imparcial Unidade oferece moradia para jovens que enfrentam problemas de saúde mental e com drogas

De acordo com a assistente social Maria Rosimeire de Carvalho, 43 anos, o propósito é oferecer moradia para os atendidos e promover sua reintegração na sociedade. "Esta unidade é uma ponte juntamente com o Caps, com o objetivo de acolher jovens que enfrentam dilemas associados ao uso de drogas e à saúde mental. Temos uma equipe multiprofissional pronta para atendê-los e um plano terapêutico em execução", afirma.

O lançamento contou com a presença de várias autoridades do município e região. Segundo a representante do DRS-11 (Departamento Regional de Saúde), Márcia Helena Bissoli, a instalação da unidade coloca Prudente à frente de muitos municípios com o mesmo porte populacional. "Como prudentina, fico muito feliz em ver a cidade evoluindo na questão da saúde mental, pois é a que possui o maior número de equipamentos destinados a esse tipo de tratamento", elogia.

Conforme o secretário municipal de Saúde, Sérgio Luiz Cordeiro de Andrade, os jovens tratados utilizarão a casa apenas para permanência, pois seus dias serão ocupados com atividades de terapia ocupacional, realizadas na unidade-sede do Caps. "Estamos oferecendo a eles televisão e videogame, mas queremos que desenvolvam outras atividades que ocupem corpo e mente", realça. Sérgio destaca ainda a reforma na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Ana Jacinta, onde uma parte será transformada em Caps 3 e contará com uma ala para pacientes com transtornos mentais. "Esperamos inaugurá-la em até 40 dias", estima.

O ex-promotor da Infância e Juventude e atual responsável pelo Geduc (Grupo de Atuação Especial em Educação), Luiz Antônio Miguel Ferreira, esteve na unidade, juntamente com o novo promotor da Vara, Pedro Romão Neto, para prestigiar a ação. Luiz Antônio compara a situação de vulnerabilidade que envolve crianças e jovens do município a um "dente quebrado em uma engrenagem". "Prudente conta com instrumentos sociais para esse público, no entanto, ainda faltava uma unidade de acolhimento. A instalação dela faz com que a engrenagem ande melhor. Estamos no caminho certo", expõe.

O gerente do Caps infantojuvenil, Carlos César de Lima, aponta que foram investidos R$ 20 mil na mobília da casa. Os dez primeiros jovens a habitar o espaço permanecerão por seis meses, quando serão substituídos por uma nova demanda. "No entanto, caso não haja efeitos positivos neste período, o tempo de moradia poderá ser estendido", esclarece. Os acolhidos serão acompanhados por oito cuidadores, chamados de "pais sociais", que devem atendê-los em tempo integral, com alternância de turnos. A unidade de acolhimento infantojuvenil do Caps está localizada na Rua Afonso Negrão, 32, na Cohab.
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