Caratecas participam do Gashuku Nacional

EM GRAMADO Nove representantes de cidades da região vão participar do evento, que trata da conservação do estilo Wadô-Ryu

Esportes - THIAGO MORELLO

Data 22/02/2018
Horário 13:04
Cedida/Organização Wadô-Ryu, Gashuku ocorre duas vezes ao ano, sendo uma delas realizada anualmente em Álvares Machado, para faixas pretas
Cedida/Organização Wadô-Ryu, Gashuku ocorre duas vezes ao ano, sendo uma delas realizada anualmente em Álvares Machado, para faixas pretas

Nove caratecas da região de Presidente Prudente já estão de malas prontas para viajar a Gramado (RS). É que entre amanhã e domingo, eles vão participar do Gashuku Nacional, que se trata de uma espécie de treinamento para os faixas pretas e aqueles que almejam a troca, ou seja, da faixa marrom para preta. Na ocasião, eles vão passar por uma programação destinada à conversação do estilo Wadô-Ryu, que é uma das modalidades dentro do caratê. O evento, que ocorre anualmente, também é aberto para os atletas que estão nas demais cores de faixas.

O Gashuku ocorre duas vezes ao ano. No meio do ano, uma edição da atividade ocorre anualmente em Álvares Machado, mas somente para os caratecas faixa preta e, como dessa vez, aberta a todos. Da região, nove atletas vão participar do evento. São quatro de Presidente Venceslau, três de Álvares Machado, um de Prudente e um de Santo Anastácio, que é o sensei e o diretor regional da Organização Wadô-Ryu, Marcos Rogério da Cunha Garcia, mais conhecido como Marcos Mineiro.

À reportagem, ele conta que o evento é caracterizado por atividades que visam unificar o estilo Wadô-Ryu. Durante esses dias de confinamento, os caratecas receberão um preparo técnico da prática, de modo a resgatar os princípios e raízes da atividade. “É um retorno às origens, das representações que realmente compõem esse estilo. É o momento de corrigir erros e ver se o esporte está sendo feito, dentro do Wadô-Ryu, conforme as características iniciais que devem ser preservadas”, completa.

 

“É um retorno às origens, das representações que realmente compõem esse estilo. É o momento de corrigir erros e ver se o esporte está sendo feito, dentro do Wadô-Ryu, conforme as características iniciais que devem ser preservadas”

Marcos Rogério da Cunha Garcia, Marcos Mineiro

sensei

 

Assim como ele, Paulo José Martins Villalva, de Álvares Machado, faixa preta e delegado titular da 15ª Delegacia Regional da FPK (Federação Paulista da modalidade) também vai ao evento como participante, o que não é a primeira vez. Questionado, ele conta que há anos participa da cerimônia e vê que o objetivo tem sido cumprido a cada edição. “Essa intenção de manter a tradição do Wadô-Ryu acontece realmente. A gente percebe que os caratecas são fieis ao estilo”. O Wadô-Ryu faz parte de uma das cinco modalidades mundialmente conhecidas do caratê.

Apesar de toda tradição e modo conservatório do estilo, tanto Marcos quanto Paulo não deixam de citar o cunho social que o esporte tem. “A formação de cada praticante da arte marcial vai levar em conta a disciplina pessoal, o modo como ele age em sociedade, a fim de mudar vidas, principalmente de crianças”, afirma Paulo. Na verdade, Marcos também lembra que é sempre bom validar que o sentido do esporte é formar caratecas, com luta e filosofia e, a partir disso, formar competidores.

A atividade serve também para separar o joio do trigo, tanto no sentido da prática, quando na qualificação. No sábado será realizada a troca de faixa da marrom para preta. Dentro desse estilo, ambos argumentam que só chegam no patamar limite (faixa preta), quem realmente tem postura e se enquadra eticamente. “Não é para todos”, finaliza Marcos. Na região, o sensei Paulo também acrescenta que o estilo Wadô-Ryu é forte e já recebeu até festivais da prática nos últimos anos.

Publicidade

Veja também