Casa de Repouso Oliveira de PP completa 4 anos

PRUDENTE - OSLAINE SILVA

Data 31/12/2023
Horário 04:19
Foto: Cedida
Casa tem atualmente 30 leitos, mas já tem projeto para 54
Casa tem atualmente 30 leitos, mas já tem projeto para 54

Inaugurada em 16 de junho, a Casa de Repouso Oliveira, que fica no bairro São Lucas, em Presidente Prudente, com capacidade atual de 30 leitos comemora esses quatro anos de atendimento aos idosos com louvor, tendo segundo a proprietária, Daniele de Oliveira Silva, 42 anos. “Temos um projeto para 54 leitos e se Deus quiser, logo conseguiremos atingir esse objetivo”, diz a proprietária que tem ao seu lado o esposo Wesley Fernando da Silva, 45.
Recentemente, ela apresentou a um grupo de alunos e sua docente e enfermeira da Santa Casa Thais Meschita do Nascimento, do curso de Cuidador de Idoso, do Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) toda a estrutura, rotina, perfil dos funcionários que atuam na casa, atualmente um quadro com 10 profissionais de enfermagem, três estagiários da área, oriundos de um projeto que já dura dois anos, em parceria com a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), quatro pessoas na limpeza, além de cozinheira, nutricionista, pedagoga, geriatra (quinzenalmente) e fisioterapeuta. “Tenho muita sorte com todos nossos profissionais. Os estagiários que a Unoeste me manda, por exemplo, são incríveis! A fisioterapeuta trabalha mais a parte motora, respiratória só quando há necessidade. E a pedagoga faz as atividades, como pintura, argila, desenho, joguinhos, caça-palavras, trabalhando tanto a cognição motora quanto mental, bingo [mas tem que ter prenda senão eles não gostam] [risos]”, exclama a proprietária da casa de repouso acrescentando que os profissionais com formação superior têm contrato de prestação de serviços não CLT (Consolidação das Leis de Trabalho), o restante são contratados.
De acordo com Dani, como é chamada pelos conhecidos, dos 30 idosos moradores da casa, oito tem Alzheimer, sendo a maioria consciente orientado.

Rotina diária
Dani explica que a rotina diária dos idosos inicia com o banho assim que acordam. Logo após eles começam tomar o café que desce pelo elevador às 7h da cozinha, que fica no andar de cima do sobrado, e depois vão se acomodando na sala de TV para assistir. Segundo ela, têm idosas que gostam de dormir até mais tarde, então elas são as últimas a se levantarem para o banho. As que são conscientes orientadas dá 6h, 6h30 já estão de pé querendo o banho. “Muitas vezes o funcionário da noite já vai adiantando e as colocando no banho”, menciona ela. 

Adaptando ao ambiente
De acordo com a proprietária, para que os idosos se sintam o mais confortáveis possível, na casa se tenta respeitar a rotina que eles tinham antes lá em suas casas. Logicamente que eles também precisarão se adequar a coisas diferentes. Na hora de dormir, por exemplo, conforme ela, os cadeirantes acabam indo se deitar mais cedo porque além de gostarem de se recolher mais cedo mesmo, dependem de dois funcionários para ajudá-los. “Então, às 18h já estão se deitando. Por outro lado, tenho uma que dorme a 1h da manhã. Adora televisão, então para não atrapalhar as outras ela fica na sala de TV até seu horário e depois vai para a cama. Depende muito do idoso”, explica.
Algo agradável que os alunos do Senac observaram na casa é que todos os quartos são apartamentos, ou seja, têm banheiros, colchão pneumático, televisão, câmeras para monitoramento e campainhas nos leitos dos idosos. Aos que necessitam, as camas têm gradinhas.
“Cada idoso tem sua gaveta nomeada na cômoda ou guarda-roupa, assim como suas roupas que a família leva de suas casas”, salienta.

Atividades
Antes da pandemia os idosos eram levados para passear a feira do bairro São Matheus. Hoje eles têm sido liberados, por enquanto, para almoços com a família, nada com muita aglomeração. Mas, segundo Dani eles têm uma série de atividades na casa, na parte da tarde, a partir das 15h30. “A rotina deles é essa: acordam, tomam banho, café, às 10h fazem um lanche [uma fruta ou vitamina], ao meio-dia almoçam, depois a maioria gosta de dormir, por volta das 14h40 começam a se levantar para tomar o café da tarde”, cita a gestora da casa. 
Nesse meio tempo tem troca de fraldas e começam as atividades que vão até umas 17h30. Às 18h já é o jantar deles. Depois vão indo para o banheiro fazer a higiene pessoal para irem se recolhendo para a cama.

Organização importante
Logo ao lado da sala de televisão fica o posto de enfermagem muito bem-organizado onde cada paciente tem a sua gavetinha com seus medicamentos, itens pessoais individuais, têm as caixinhas com psicotrópicos e em outro armário com chave ficam as caixas com os não psicotrópicos que são preparadas diariamente. Dentro de cada gaveta ficam ainda as prescrições e os prontuários. E relatórios que são feitos pelos profissionais em um caderno onde está tudo anotado o que a família leva para o seu ente querido.  
Neste posto de enfermagem tem também uma lousa onde Dani coloca algumas orientações, recados, informações, como por exemplo, vitaminas que são ministradas em determinados dias, controle de fezes dos idosos que são ressecados ou aqueles que fazem uso de insulina, etc.

Responsabilidade familiar
Além da mensalidade, Dani menciona que é de responsabilidade da família levar os medicamentos, fraldas e itens de higiene pessoal que é tudo anotado, inclusive marca, no caderninho deles. Se precisarem fazer exames de sangue o laboratório Unilab, qual a casa tem convênio, vai até o local. Os que não têm a família paga à parte. “Anualmente pedimos exames, principalmente de anemia, vitamina D, do idoso para acompanharmos. Quando necessários os que têm convênio [a maioria] são levados aos hospitais de preferência da família. Os que não possuem são direcionamos a UPA [Unidade de Pronto Atendimento] do Jardim Guanabara. Se é urgência, emergência, temos serviço de ambulância. Aciono a família e aviso que estamos levando para a unidade onde a aguardamos até chegarem”, salienta ela.
Mas, no geral, Dani diz que as famílias são bem presentes e tudo o que acontece são alertadas com antecedência, desde uma tosse a febre, etc.

 

 

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