Cascatinha

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 15/12/2020
Horário 06:44

O personagem Cascatinha ficou nacionalmente conhecido no início da década de 80, nos programas “Chico City” e “Chico Anysio Show” em um dos mais famosos quadros da época: Cascata (vivido por Chico Anysio) e Cascatinha (Castrinho). Cascata era um pai coruja que se orgulhava de seu filho Cascatinha que vivia lhe contando anedotas sem graça. Por mais banal que fosse a colocação do filho, Cascata já declarava, “Meu garoooto”, e Cascatinha retribuía com “meu paipai”. O personagem fez tanto sucesso com o público em geral, mas principalmente infantil, que passou a integrar o programa matinal da Rede Globo, “Balão Mágico”. Em 1982, gravou um disco com as músicas “Orgulho do Papai”, “Cascatinha meu garoto” e “Rock do Cascatinha”. Lançou um livro (“Histórias e Charadas do Cascatinha”), virou boneco, biscoito e estampou camisetas e toalhas de banho: sucesso nacional. Em 1990, o ator Castrinho aposentou o personagem e passou a interpretar Geraldo na “Escolinha do Professor Raimundo” e atualmente integra o elenco de novelas da Rede Record

“Opiniosos equivocados”

Nunca estivemos em uma situação tão impactante do ponto de vista sanitário com repercussões econômicas, políticas e de relacionamento humano. Pode já parecer clichê dizer que o mundo não será mais o mesmo com a pandemia do novo coronavírus: as transformações já são evidentes e não necessariamente positivas. Em um mundo moderno de tantas conquistas humanas, nunca fomos ao mesmo tempo tão frágeis e vulneráveis. A condição humana de sopro passageiro ficou cristalina e estampada nas manchetes e notícias: a globalização da pandemia nos deixou tão parecidos, e ao mesmo tempo tão distantes. Um vírus que lançou inúmeras incertezas e poucas verdades absolutas. Diante do engatinhar da ciência diante das informações aterradoras da doença, muitas verdades enganosas se misturam neste oceano de notícias. Posicionamentos políticos equivocados, ideias retrógradas disseminadas e pareceres científicos contraditórios contribuíram para um quiproquó de juízos e convicções. Até mesmo profissionais de saúde diante da barafunda noticiosa, ao invés de se resignarem a diretrizes e pareceres de sociedades de especialistas, aproveitam para dar seu quinhão de fabulações. Desta forma, profissionais de respeito que poderiam contribuir na disseminação de informações científicas abalizadas, entram na subjetividade do momento e disparam juízos absurdos baseados em achismos individuais. O momento político brasileiro, maniqueísta ao extremo, dividido em divergências absolutas se refletiu na interpretação da pandemia, como se as ações de combate fossem partidárias. As velhas fofocas e boatos boca a boca se engrandeceram com os compartilhamentos equivocados. Estamos no momento de ouvir as condutas criteriosas dos especialistas e não nos pareceres inflamados dos opiniosos. 

Dica da Semana

Livros 

“O Mundo Pós-Pandemia”:
Reflexões sobre uma nova vida. Autor: José Roberto de Castro Neves. Editora Nova Fronteira. O autor reúne um conjunto de opiniões de especialistas de diversas áreas sobre as transformações que o mundo vem sofrendo e irá ter com a pandemia da Covid 19. Complexidades e dilemas nas diversas esferas da atuação humana. Atual e impactante. 


 

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