Charanga Domingueira de 03-08-2014

Falávamos, porém, de Olimpíadas a propósito das entrevistas do presidente do Comitê Olímpico Internacional e as vistas de todos estarão agora voltadas para o Rio de Janeiro, sede da próxima competição em 2016.

Esportes - Flávio Araújo

Data 03/08/2014
Horário 08:47
 

Agoras as Olimpíadas


 

Há muita diplomacia nas entrevistas que Thomas Bach tem prestado à imprensa brasileira falando sobre as próximas Olimpíadas. Foi diplomática sua fala do princípio ao fim ao discorrer para a revista "Veja", por exemplo, sobre o que está achando do desenvolvimento das obras que correm no Rio de Janeiro. Ou que não correm. Thomas Bach é o presidente do poderoso COI (Comitê Olímpico Internacional) e é natural, que como alemão, fizesse ilações com a conquista de seu país na recente Copa do Mundo da Fifa.

Por sinal que em matéria de esportes a Alemanha está na ordem do dia, não fora essa apenas uma das manifestações de organização, disciplina e ordem daquele país. Buscando sempre o todo da nação e jamais algum aspecto de se sobressair de forma individual, a Alemanha, que já é chamada de "novo país de futebol" ocupando o lugar que era de forma natural do Brasil, deverá ter um longo reinado pelo trabalho magnífico que faz com seus jovens.

Falávamos, porém, de Olimpíadas a propósito das entrevistas do presidente do Comitê Olímpico Internacional e as vistas de todos estarão agora voltadas para o Rio de Janeiro, sede da próxima competição em 2016. Se o sucesso de público e mesmo de organização foi nota elevada na Copa do Mundo da Fifa espera-se no mínimo que isso seja repetido na Olimpíada. Thomas Bach vem exaltando os trabalhos no Rio de Janeiro e o principal destaque é para o início das obras no Parque Olímpico de Deodoro, ponto fulcral nas disputas e onde serão sediadas 11 modalidades.

No Brasil, o chefe da APO (Autoridade Pública Olímpica), general Fernando Azevedo e Silva declarou em simultâneo que não haverá problemas com a adaptação dos diversos pontos construídos ou reformados para os Jogos Pan-Americanos de 2007 até recentemente considerados problemáticos, inclusive no aspecto financeiro.

No lado esportivo específico, o Ministério do Esporte e o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) estão concordes nas pretensões: algo em torno de 27 a 30 medalhas o objetivo estabelecido para que o país se coloque até no 10º lugar na contagem geral. Trata-se de um número expressivo levando-se em conta o que o Brasil vem conquistando e também não há exagero na pretensão já que em Londres, na última versão dos Jogos, faturamos 17 medalhas que proporcionaram o 17º lugar.

Apesar da política no Rio de Janeiro estar fervendo diante da proximidade das eleições, na esteira do sucesso na realização da Copa do Mundo da Fifa (excluído o fracasso da participação brasileira em campo) a proximidade da realização das Olimpíadas vive um momento de expectativa positivo.

 

 

Flávio Araújo é jornalista e radialista prudentino, escreve aos domingos neste espaço
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