ELIMINATÓRIAS SUL-AMERICANAS
Seguimos rememorando as eliminatórias para as Copas do Mundo na América do Sul centrando nosso pensamento na próxima que vai começar em outubro. Deverá ser por todos os títulos uma competição fabulosa entre os países que pretendem ir à Rússia competir entre os 32 que comporão o total. Vale recordar que o Brasil é o único país do planeta que assinou o livro de presença em todas as Copas, mas se em 1930 já havia problemas internos a situação de hoje, apesar de diferente, talvez seja até mais complicada.
Mesmo sendo o recordista de títulos da Copa, nosso país vive uma crise de valores e muitos são aqueles que acreditam numa dificuldade imensa para se passar nas eliminatórias sul-americanas. Isto porque houve indiscutível progresso do bloco continental. Enquanto o Brasil regrediu houve por parte de nossos vizinhos uma ascensão geral. Haja vista nossa participação pífia na última Copa América quando pela segundo edição seguida fomos eliminados pelo Paraguai de forma prematura.
Já comentamos que quatro países da América do Sul irão à Copa da Rússia, enquanto que o quinto classificado terá que disputar um jogo de barragem contra o campeão da Oceania, quase sempre a Nova Zelândia. Isso depois que a Austrália passou a integrar o bloco asiático. Levando em consideração a última Copa América vencida pelo Chile nos penais em final contra a Argentina espera-se do país andino uma seleção com imensas possibilidades de classificação. A Argentina possui a seleção de respeito de sempre e em qualquer circunstância tem que assim ser olhada. O que se espera do pequeno Uruguai? A sua participação nos recentes Jogos Pan-americanos de Toronto, em que foi medalha de ouro, demonstra que o futuro do futebol desse país está intacto. Exatamente contra o Brasil acontecerá ainda o retorno de seu principal atacante, o mordedor Luiz Soares, um goleador de altíssima qualidade técnica. Já citei três candidatos seríssimos, resta apenas um. Será ele o Brasil?
Vejam que temos que respeitar a fase progressiva que vive o futebol colombiano e este será juntamente com nosso país o candidato mais sério para essa última vaga. Estou falando no hoje. Nada impede que o Brasil reencontre forças nos próximos meses, mas não confiem nessa história de mística de camisa para ganhar classificação. A melhora terá que ser no campo e na bola. Sigamos: depois, Equador, Venezuela, Peru e Bolívia. Até o futebol da Venezuela tem progredido. Dessa forma não tenham dúvidas que o Brasil vai ter que ressurgir a partir destas eliminatórias. A sorte está lançada.
Flávio Araújo, jornalista e radialista prudentino escreve aos domingos neste espaço.
