Chuvas de início de verão trazem preocupação à região

GRAZIELA FERNANDES

COLUNA - GRAZIELA FERNANDES

Data 03/01/2021
Horário 03:29

As últimas chuvas registradas na região de Presidente Prudente marcaram o início do nosso verão. Pancadas fortes, muita água e em alguns pontos acompanhadas de ventos intensos também. Em Pirapozinho, em alguns pontos a enxurrada que descia pelas ruas foi muito grande e acende sempre sinal alerta, especialmente nos pontos com proximidade de bueiros, as chamadas bocas de lobo, que precisam de limpeza frequente para evitar problemas maiores, como entupimento. 

Problema antigo

Agora, na Rua Mario Angelo Sereghetti, o que se vê são as cenas repetidamente de descaso das autoridades, o asfalto estufa, forma ondulações, abre buracos. Nem precisa chover tão intensamente para isso acontecer. Esse é um problema antigo e que precisa do olhar dos nossos governantes municipais, dos responsáveis da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) também, pois podemos estar diante de um problema que envolva as tubulações que cortam o cruzamento. Até quando isso ficará desta forma? Será que esperarão que ocorra como aconteceu em Prudente, na Avenida Coronel José Soares Marcondes, proximidades com o PUM (Parque de Uso Múltiplo), abrir uma cratera e engolir um carro para tomar providência?

Previsão de chuvas

De acordo com o Climatempo, ainda para o primeiro mês do ano, estão previstos volumes de chuva muito acima da média normal em todas as regiões do Estado de São Paulo. Até o final do verão, em março de 2021, uma das regiões com volume maior que média normal para a época do ano, é Presidente Prudente.

Média histórica

O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) registrou, de 1981 a 2010, uma média de chuva variando de 200 mm a 250 mm na maioria das regiões paulistas. Em regiões como a de Presidente Prudente, a média ficou entre 175 mm a 200 mm.

Por falar em chuva

Revisitando os arquivos do meu pai, que faleceu em 29 de outubro, encontramos vários cadernos de anotações das chuvas em Pirapozinho. Um pluviômetro foi instalado num imóvel de nossa propriedade no centro da cidade. Sempre que chovia, a primeira coisa que meu pai fazia era anotar o quanto choveu. Os registros são de 2000 até junho de 2020. Ainda estou conhecendo melhor os dados registrados, mas já é possível saber a média de chuva anual da cidade e até traçar comparativos.

Fantasma da dengue

Aliás, a maior preocupação, acredito que não só das autoridades de saúde, é, além da ocupação 100% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por conta da Covid-19, com a dengue, que não dá trégua, com risco de avançar nos primeiros meses do ano. Tradicionalmente, observamos um aumento de casos de dengue no verão. Chuva e calor contribuem para o aumento da proliferação de mosquitos Aedes aegypti, que transmitem dengue e outras arboviroses. Atenção redobrada para a limpeza dos nossos quintais. Dengue e Covid-19 seria uma combinação explosiva para os sistemas de saúde, tanto público quanto suplementar.

Abre e fecha do comércio

Muitos lojistas mantiveram as portas de estabelecimentos comerciais abertos mesmo com as restrições impostas pelo Plano São Paulo e acatadas pela Prefeitura nos últimos dias da gestão Padovan. São empresários lutando pela sobrevida de seus negócios, haja vista que, muitos investiram em estoques especialmente com vistas às compras de final de ano. Precisam honrar seus compromissos, mesmo com risco de multas e outros encargos.

População não colabora

Durante a última semana do ano, vários flagrantes de pessoas sem máscara nas ruas do centro de Pirapozinho. Uma exposição ao vírus e risco para todos os que frequentam áreas de grande circulação de público. André Pirajá, infectologista, alerta: “estamos no momento mais delicado da pandemia. Falta compromisso social, compromisso com o próximo”. É responsabilidade de cada um contribuir para frear o avanço do vírus.

Reflexo das aglomerações

O impacto das aglomerações neste fim de ano só será perceptível a partir da segunda quinzena de janeiro. Façamos a nossa parte sempre.

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