Cidade criativa

OPINIÃO - Renato Mungo

Data 22/06/2021
Horário 04:30

Em meio ao turbilhão sanitário e econômico vivenciado há mais de um ano, surge uma luz, o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil que cresceu 1,2% neste primeiro trimestre, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) comparando o mesmo período do ano passado. 
No início de junho, o Bank of America elevou a projeção de crescimento para a economia brasileira em 2021, de 3,4% para 5,2%; sem dúvida uma “injeção” de otimismo. Já no campo sanitário, entre críticas e elogios, vacinamos até agora em primeira dose cerca de 30% da população do país, acenando para uma vacinação completa para os maiores de 18 anos até o final de 2021. O alerta é viver o presente, mas com olho no futuro!
Hoje, economia e saúde, ainda mais atreladas, têm que avançar. Mas de que forma? Pensamos que, sem dúvidas, tais respostas passam pela chamada “CHICS: Cidades Humanas, Inteligentes, Criativas e Sustentáveis”. O desafio agora é: como construir?
A digitalização da sociedade e a IoT (Internet das Coisas), sem dúvida, fazem parte de uma constante mudança de comportamento da sociedade, e isso tem grande impacto na governança das cidades do futuro. Hoje, estamos todos ligados pelos celulares com nossa família, amigos e equipes de trabalho, e as redes sociais influenciam no desenho de políticas públicas, devendo o gestor estar muito atento à necessidade da população.
De outro giro, deve ser favorecida a criação de um ecossistema de empreendedorismo usando o campo tecnológico para respostas rápidas, objetivas e transparentes por parte da administração pública, até mesmo dos projetos atuais em curso, criando um ambiente de segurança jurídica e de investimentos. Pensamos ser possível que o empreendedor compreenda exatamente as intenções do administrador público, e possa, inclusive, participar diretamente dos projetos e soluções dos problemas que o afetarão ao final de cada dia.
Para que não fiquemos apenas no campo da teoria, uma cidade inteligente pode pensar em adotar, por exemplo, políticas públicas como: multiplicar praças com Wi-Fi, criar sistema de monitoramento de estacionamento que identifique vagas para veículos, segurança no incremento de câmeras, sistema que comunique a população o tempo de espera de serviços públicos, agendamento em postos de saúde, resultado de exames, e até o monitoramento dos infectados/positivados pela Covid-19, dentre tantos outros.
A conclusão é que deve ser ampliada a participação do empreendedor na gestão, e ainda que, conciliar as restrições técnicas, legais e orçamentárias possa ser considerada praticamente uma arte, contudo, quem melhor dominá-la colherá com efetividade os méritos da “cidade criativa” com maior oportunidade de negócios e terá uma cidade inteligente e cidadãos mais satisfeitos.
 

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