Cidades da região vão ganhar novos poços de monitoramento

Viabilizados pela Cetesb e DAEE, dispositivos visam aprimorar conhecimentos sobre a qualidade e quantidade de água; 6 municípios serão contemplados com a medida até o 1º semestre de 2018

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 15/02/2017
Horário 09:49
A Cetesb (Companhia Ambiental Paulista) e o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) vão implantar mais 36 poços na rede de monitoramento de águas subterrâneas localizadas no Estado de São Paulo. A ação será realizada com recursos do Banco Mundial, no âmbito do Programa de Transportes, Logística e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Na região administrativa de Presidente Prudente, seis municípios serão contemplados com a medida até o primeiro semestre de 2018. São eles: Caiabu, Caiuá, Mirante do Paranapanema, Monte Castelo, Rancharia e Santo Anastácio. A reportagem entrou em contato com as prefeituras das cidades mencionadas, no entanto, com exceção de uma, todas comunicaram que ainda não tinham conhecimento sobre o benefício e precisam obter mais informações antes de cederem um posicionamento oficial.

A diretora da Divisão de Meio Ambiente e Reforma Agrária de Mirante do Paranapanema, Rafaela Fernandes Gonçalves, por sua vez, aponta que ter esse controle ambiental é de "suma importância", posto que "a água é um recurso natural de múltiplos empregos, essencial à vida e insubstituível". Ela afirma que, por meio desta contemplação, o município terá um monitoramento e uma avaliação ambiental "mais eficazes e seguros" para as reais necessidades das bacias hidrográficas. "Também teremos a oportunidade de conseguir antecipar alguns problemas, como escassez e poluição dos mananciais", destaca.

 

Critérios e vantagens

A Assessoria de Imprensa da Cetesb explica que a instalação dos poços foi definida a partir dos seguintes critérios: área de afloramento dos aquíferos Bauru e Guarani; proximidade de postos fluviométricos e pluviométricos do DAEE; interesse em ecossistemas naturais e ambientes ocupados por diferentes atividades rurais; e anuência dos proprietários dos terrenos onde serão instalados os poços de monitoramento. De forma periódica, os dispositivos são visitados pela Cetesb e DAEE para a coleta de dados. "Semestralmente, a equipe de amostragem da Cetesb coleta amostras de água para análises de qualidade; ao passo que, diariamente, os medidores automáticos ou operadores contratados pelo DAEE fazem a medição do nível de água", esclarece.

Ainda conforme o canal, a rede integrada de monitoramento busca ampliar o conhecimento das águas subterrâneas na porção mais superficial desses aquíferos, que sofrem influência direta do uso e ocupação do solo e recarga direta. Sendo assim, o monitoramento de qualidade permite avaliar as características químicas dessas águas e se ocorrem alterações ao longo do tempo em virtude da atividade socioeconômica nesses locais. Em decorrência, promove estudos para averiguar quais fontes de poluições estariam provocando as alterações ou identificar modificações naturais resultantes da formação geológica que armazena a água subterrânea. "A partir desse conhecimento, ações preventivas podem ser adotadas para a gestão ambiental", enfatiza.

Já o monitoramento de qualidade possibilita analisar a flutuação do nível da água no subsolo por conta da recarga do aquífero proveniente da infiltração das águas das chuvas no solo. "Essa medição permitirá aprimorar o balanço hídrico do Estado de São Paulo e apoiar a gestão dos recursos hídricos tanto subterrâneos quanto superficiais, principalmente na concessão de outorga de uso da água", expõe. Atualmente, há 28 poços de monitoramento da rede integrada estadual, iniciada no segundo semestre de 2009. Na região, eles estão localizados em Adamantina, Indiana e Presidente Prudente.

 
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