As diversas religiões existem desde o início da história da humanidade. Mas o caminhar da existência tem conduzido à falta de fé e ao ceticismo, e parece levar a humanidade à deriva como um barco ao sabor dos ventos. Esse fato, não é de hoje, nasceu no século XVIII, com o Positivismo e, apesar de passado mais de dois séculos, a humanidade não descola dos seus princípios.
O Século das Luzes tem grande valor pelo mérito de ter libertado a humanidade da opressão do clero medieval, por valorizar a razão, estimular o avanço científico – o que não foi pouco. Entretanto, tem o demérito por cair no extremo oposto, conduzindo à crença de que só existe o que pode ser medido, cronometrado, pesado, enfim, tudo que é concreto. Assim, a razão foi “endeusada” - considerada o único instrumento que dá sentido à vida e a tornaria mais harmoniosa, livre de convulsões e violências. Entretanto, leitor, essa crença desmoronou no início do século XX com as duas grandes guerras mundiais, que provocou o maior genocídio de toda a história.
A contribuição da física moderna talvez possa mudar a visão que o homem tem do mundo e da vida
O curioso, leitor, é que o golpe fatal ao endeusamento absoluto da razão foi dado pela própria razão com o nascimento da “física moderna”, que provou exatamente o contrário: “o essencial à vida é invisível aos olhos, aos microscópios, aos telescópios e inexplicável pela razão”. Lindo e verdadeiro, né? Os próprios cientistas declararam as limitações da ciência, pois não sabem onde se encontram os átomos - tijolos de que tudo é feito -, questionam o que é o tempo linear que não existe como o entendemos, questionam o espaço vazio que não é vazio, os mistérios das galáxias, enfim tudo contrário ao que aprendemos na escola. A contribuição da física moderna talvez possa mudar a visão que o homem tem do mundo e da vida.
Pois é, leitor, mas mudando agora de pato pra ganso: um vírus invisível manda e desmanda no mundo: fecha todos dentro de casa, quebra as grandes economias, quebra a União Européia, une, desune, pinta e borda. O invisível fará nascer uma nova ordem mundial? Quem sabe!... Talvez abra uma frestinha de luz com a análise dos dizeres de Einstein: “A ciência sem a religião é manca; a religião sem a ciência é cega".
