Cinco meses no retrocesso

OPINIÃO - Marcelo Fritschy

Data 18/08/2020
Horário 04:28

Esse é o quinto artigo que nós, da UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região), escrevemos neste diário para representar nossa indignação e questões sobre a sensação de descaso com o município, seja pela falta de acesso a crédito subsidiados, suporte a hospitais e/ou transparência governamental. Afinal, há cerca de um mês, o DRS-11 (Departamento Regional de Saúde) de Presidente Prudente permanece na fase laranja no Plano de Retomada Consciente do governo estadual. 
Recentemente, houve um alívio no aumento na quantidade de leitos para Covid-19 em Prudente, embora o trâmite para efetivação do convênio com o Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente tenha demorado muito. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento do Estado, dos cinco indicadores, a região ficou com sinal verde em ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e leitos clínicos; amarelo em casos e internações; mas laranja no avanço de número de óbitos, o que determinou para que não mudássemos de fase.
Diante desse cenário que parece infinito, questionamos: quais são as atitudes que o governo municipal e Legislativo estadual têm feito a nosso favor? Por que, ao contrário de Prudente, alguns municípios conseguiram medida judicial para permanecerem com comércio aberto por mais horas ou permitem que bares e restaurantes funcionem? A falta de diálogo com o Estado é evidente!
Qual é a base que o governo estadual levou em conta para reduzir o tempo de funcionamento do comércio? Já que na prática, o que se observa, é mais aglomeração. E, não seria mais viável restringir do que proibir o funcionamento de serviços não essenciais?
Diversos setores permanecem estagnados há cinco meses, e muitos que ainda não encerraram suas atividades, encerrarão. A estimativa feita em agosto pelo Sindicato de Hotéis Restaurantes, Bares e Similares de Presidente Prudente e Região, é que dos 1.500 funcionários das 2.500 empresas cadastradas na região, 450 já foram demitidos; e no município de Prudente, dos 900 empregados, cerca de 270 perderam suas rendas. 
Com urgência, precisamos de justificativas para tais decisões rigorosas com nossa região. Não podemos, de maneira alguma, permanecer por mais duas semanas fechadas, pois isso resultará em um retrocesso imensurável!
 

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