Coisas de Criança

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista recomendado pela OMS, pois faz bem à saúde

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 04/03/2021
Horário 07:00

Com saudade da neta, que mora em outra cidade, seu Gazalim mandou mensagem por escrito para a menina por meio do celular, como é óbvio. A neta respondeu com uma mensagem gravada. E explicou: "Ô, vô, manda voz, eu ainda não sei ler e escrever".
Com esse "manda voz", ela quis dizer pro avô coruja gravar as mensagens. Afinal, a neta ainda continua na escola infantil, sem muito contato com a escrita. Uma coisa de cada vez. Ou um aprendizado de cada vez.
Com a explicação da menina, seu Gazalim, agora, só envia mensagens gravadas e também usa o telefone. Por enquanto, não vale o escrito. Vale só a voz.
E a Mariquita, uma menina de cinco anos, nunca tinha visto uma galinha de verdade. Sim, galinha, a penosa. Aí a mãe dela a levou a uma granja. Mariquita, que vivia trancada no apartamento, se entusiasmou: "Nossa, mãe, como tem Knorr aqui". 
E o Juquinha foi passar um feriado prolongado na fazenda de um tio, e lá tinha muitas aves, como galinhas, galos, Moros, quer dizer, marrecos, gansos e um peru bem grandão. 
Logo de cara o menino se afeiçoou ao peru que, como disse, era enorme. Juquinha achava um barato o peru emitir o clássico som "glu, glu, glu".  Aquilo soava como música para o garoto.
Aí chegou o domingo e foi servido o almoço. E adivinhem qual era o prato principal? O peru, "amigo" do Juquinha. Quando a mãe dele cortou um pedaço do peito do peru para colocar no prato do filho, o menino caiu em prantos, mas se levantou. Chorou mais do que o brucutu Silveira na prisão.
Juquinha recusou-se a comer "o pedaço do seu amigo". Entristecido, entrou no quarto e lá ficou um tempão. Depois de muito papo, a mãe o convenceu a voltar à cozinha do casarão. "Meu filho, não fica assim. Vou preparar um hambúrguer para você não ficar de estômago vazio", explicou a mãe, condoída com a tristeza do menino. 
Antes de comer o sanduíche, o Juquinha tomou goles de suco de maracujá, estrategicamente preparado para acalmá-lo. Aí comeu com gosto aquele hambúrguer de carne branca de ave. Soube-se depois que era hambúrguer de peru, e o menino não desconfiou de nada. 

DROPS

A Ford puxou o carro do Brasil.

Filme da Semana em Niterói: "Deputado Silveira, o pit bull que virou poodle". 

Tudo nos trinques merece drinques?

Será que o Bolsonaro toca bem a Lira na Câmara ou já começa a desafinar? Chamem um crítico de música.

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