Comandante Disaró: “Segurança pública é primordial para desenvolvimento de uma região”

O Imparcial conversa com tenente coronel da Polícia Militar, Luís Nelson Disaró, responsável por comandar tropa do 18º BPM/I, que atende 21 cidades da região

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 24/02/2024
Horário 07:32
Foto: Cedida
Tenente coronel da Polícia Militar, Luís Nelson Disaró, que comanda 18º BPM/I
Tenente coronel da Polícia Militar, Luís Nelson Disaró, que comanda 18º BPM/I

Nascido em São Paulo, mas criado em Presidente Prudente, o tenente coronel da Polícia Militar, Luís Nelson Disaró, é responsável por comandar a tropa do 18º BPM/I (Batalhão de Polícia Militar do Interior), sediado na maior cidade desta parte do oeste paulista e responsável pelo policiamento de 21 cidades da região. Membro da corporação desde janeiro de 1991, acumula passagens pelos efetivos da capital paulista, Regente Feijó, Presidente Epitácio, Martinópolis e Assis (SP) e tem título de mestre em Ciências Policiais de Ordem e Segurança Pública. Nesta entrevista concedida a O Imparcial, o militar conta sobre a sua trajetória na PM, os principais desafios enfrentados à frente do cargo, o que projeta para o futuro do batalhão, qual trabalho desenvolve para se aproximar da comunidade e quais os valores e princípios que norteiam seu trabalho. Acompanhe:

O Imparcial: Conte-nos um pouco sobre sua trajetória na Polícia Militar até chegar ao posto de comandante do 18º Batalhão.
Disaró: Nasci em São Paulo, filho de Edmir Antonio Disaró e Ivanisa de Melo Disaró, nos mudamos para Prudente quando eu tinha 4 anos por ser a terra natal da família de meu pai. Fiz meus estudos no Colégio Cristo Rei, na Escola Estadual Professor Adolpho Arruda Mello e na Escola Estadual Monsenhor Sarrion. Fui atleta da equipe de Judô da Prudentina. Aos 17 anos, fui aprovado no vestibular da Academia de Polícia Militar do Barro Branco [em São Paulo] e adentrei as fileiras da corporação em janeiro de 1991 como cadete. Me formei em 1996 e, como aspirante a oficial, fui designado para o 3° Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, na zona sul de São Paulo. Promovido ao posto de 2° tenente, fiquei mais um tempo em São Paulo e, em 1998, fui transferido para Prudente e destacado para a 1ª Companhia do 18º BPM/I. Exerci as funções de comando de Força Patrulha, comando de Força Tática, chefe da Agência de Inteligência e comandante do Pelotão de Regente Feijó. Depois exerci a função de comandante de Pelotão de Policiamento Rodoviário em Prudente. Promovido a capitão, fui destacado para comandar a 2ª Companhia do 42º Batalhão de Polícia Militar do Interior em Presidente Epitácio de 2011 a 2013. De 2013 a 2014, comandei a Companhia de Força Tática do 42º BPM/I. Em 2015, fui destacado para chefiar a seção de contratos do Hospital da Polícia Militar em São Paulo, época em que fui aprovado para o mestrado em Ciências Policiais de Ordem e Segurança Pública, obtendo o título de mestre em Ciências Policiais de Ordem e Segurança Pública. Retornando ao 18º, fui designado para comandar a 2ª Companhia em Martinópolis e depois convidado para chefiar a Seção Operacional do batalhão. Promovido a major, assumi a função de coordenador operacional e depois a função de subcomandante do batalhão. Com a vacância do comando do 32º BPM/I em Assis [SP], fui designado para comandá-lo e permaneci até minha promoção a tenente-coronel, tendo assumido o comando do 18º BPM/I em 2 de junho de 2023. Sou casado e tenho dois filhos. No comando do batalhão, tenho contribuído para trazer segurança efetiva para a população, o que já vem traduzido no cumprimento das metas de indicadores criminais e nos altos números de produtividade (pessoas presas em flagrante delito ou por mandados de prisão e apreensão de armas e drogas), no incentivo à tropa para que realizem um trabalho profícuo pautado no cumprimento às legislações e normas da corporação e estando sempre junto à comunidade para ajudar no que for preciso. Desta forma, a segurança pública é um dos fatores primordiais para o desenvolvimento de uma região.

Quais são os principais desafios que você enfrenta como comandante e como superá-los?
Os desafios são vários (não somente no combate à criminalidade, mas na correta administração do patrimônio público para melhor alcance de nossas metas), mas com o apoio da equipe de oficiais e praças do batalhão; do comandante do CPI-8 (Comando de Policiamento do Interior), Coronel Cortez; do comandante geral da PMESP (Polícia Militar do Estado de São Paulo), Coronel Cássio; do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite; bem como do senhor governador do Estado, Tarcísio de Freitas, temos conseguido êxito em nossas missões.

Como você descreveria o sentimento de liderar o maior efetivo militar do oeste paulista e qual é a sua visão para o futuro do batalhão?
O sentimento é de alegria, pois foi alcançada uma meta profissional e pessoal, sendo que a tropa do 18º BPM/I é uma ótima tropa, formada por pessoas íntegras e que vislumbram trazer uma segurança de qualidade para sua comunidade, pois aqui moram e têm suas famílias, estando todos inseridos dentro da comunidade, de modo que minha visão de futuro é deixar um legado que possa ser seguido e melhorado pelas gerações de PM vindouras para a melhoria constante da efetiva sensação de segurança para a comunidade.

Quais são suas prioridades e objetivos imediatos para o 18º Batalhão da Polícia Militar?
Nossa prioridade sempre foi a melhoria e implementação da atividade de policiamento preventivo, principalmente no que tange ao serviço de radiopatrulha, na aplicação de táticas e técnicas modernas de ações policiais e a implementação dos equipamentos e viaturas à disposição dos PM.

Como você pretende se aproximar da comunidade local e fortalecer a relação entre a PM e a população do oeste paulista?
Esta aproximação já existe, fruto do trabalho de meus antecessores, e que continua no trato diário com a comunidade, sendo que esta tem que participar efetivamente ajudando a PM a fazer seu trabalho, principalmente no que diz respeito à segurança primária, que são as ações preventivas levadas a cargo pela própria comunidade (vide o programa Vizinhança Solidária).

Quais são os valores e princípios que norteiam a sua atuação como comandante e como você os transmite à sua equipe?
Nossa missão se caracteriza em proteger as pessoas, fazer cumprir as leis, combater o crime e preservar a ordem pública, fazendo com que as pessoas se sintam plenamente seguras e protegidas no Estado de São Paulo, sendo estes pontos calcados em valores morais e éticos e que, por meio de reuniões de Estado-Maior e instruções rotineiras, são repassados à tropa para alcance de nossos objetivos.

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