Na véspera do Dia das Mães, quem deixou para comprar presente na última hora, teve de lidar com a correria e movimentação no centro de Presidente Prudente. A um dia do feriado, ontem, ainda teve quem correu até os estabelecimentos atrás de uma lembrancinha. Diante disso, mesmo relatando período de crise, quem felicitou um aumento nas vendas foram os comerciantes. De acordo com eles, ainda há o que comemorar.
A um dia do feriado, calçadão teve alta no movimento
Marcio Fidêncio, gerente da Tanger de Prudente, explica que o comércio, de modo geral, tem denotado uma melhora no setor, impulsionado pelo Dia das Mães. Embora o aumento percentual seja de 5%, menor que os demais anos, ele afirma que "perto da realidade que vivemos, todo aumento é positivo". "Esse ano também deu pra gente trabalhar um pouco melhor. O ano passado caiu no dia 8, então, esse ano, coincidiu com uma semana após o recebimento do salário. Desta forma, as pessoas conseguiram se programar mais e a gente também, promovendo promoções e melhorias na forma de pagamento", relata.
O gerente ainda afirma que o saque liberado do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) ajudou na regularização de dívidas e também aquisição de novas mercadorias. "São sinais de recuperação, felizmente", completa.
Na loja do Boticário, também no centro de Prudente, a caixa Talita Ribeiro Braz, 23 anos, garante que essa época do ano é a segunda mais movimentada. Em 2017, assim como Marcio, ela informa um aumento de 5% a 10%, com incidência maior na parte de perfumaria. Questionada sobre as estratégias para driblar o período turbulento da economia, ela diz que o estabelecimento se apega às boas técnicas de atendimento, bem como a realização de descontos, na intenção de manter os clientes atuais e também buscar novos.
E funcionou. O estudante Samuel de Almeida Farrús, 20 anos, levantou cedo para comprar o presente da mãe. De última hora, ele aconselha que o modo que direciona as compras é tentar casar o gosto e vontade com o melhor preço. "Não pode passar em branco. O ideal mesmo é economizar durante o ano todo, já prevendo esse gasto que é anual. Ainda dá para encontrar presente com valores acessíveis", fala.
Pensamento que não é compartilhado por Tatiane Machado Lima, 33 anos. À reportagem, ela afirma que diante o cenário de crise que o país vive, os preços não estão condizentes. "Poderiam estar mais baixos sim. Acredito que o comércio não se dedicou a promoções e condições melhores. O jeito é pesquisar e fazer de tudo para não criar dívidas", comenta.
