Comissionados: Prefeitura propõe criar 71 cargos e extinguir 64 em Prudente; veja quais

Projeto de lei que trata da reestruturação administrativa foi encaminhado nesta segunda à Câmara Municipal, com pedido de urgência na apreciação

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 02/08/2022
Horário 15:20
Foto: Arquivo
Prefeitura prevê impacto financeiro trienal no valor total de R$ 22,8 milhões
Prefeitura prevê impacto financeiro trienal no valor total de R$ 22,8 milhões

A Prefeitura de Presidente Prudente encaminhou à Câmara Municipal, nesta segunda-feira, o PL (projeto de lei) 144/2022, que trata sobre a reestruturação dos cargos em comissão no município. O texto propõe a criação de 71 cargos e a extinção na vacância de outros 64, com 91 vagas. Foi solicitada urgência na apreciação pela casa de leis.

Com a medida, a administração municipal prevê impacto financeiro no valor total de R$ 22.847.398,65, em despesas e receitas, nos anos de 2022, 2023 e 2024.

Foto: Reprodução - Impacto financeiro da reestruturação de cargos comissionados proposta pela Prefeitura

Os cargos a serem criados são:

  • 1 de assessor institucional, lotado no gabinete do prefeito;
  • 1 de gerente executivo do Atende Prudente, lotado no gabinete do prefeito;
  • 2 de assistente executivo, lotados no gabinete do prefeito;
  • 2 de coordenador, a serem lotados na Coordenadoria de Fomento Comercial e Serviços e Coordenadoria de Fomento Industrial;
  • 10 de diretor com lotação nas secretarias municipais de Administração (departamentos: Recursos Humanos e Serviços de Pessoal; Patrimônio e Arquivo; e Serviços Gerais); de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação (Departamento de Desenvolvimento Social); de Obras (departamentos: Serviços Públicos, de Água e Esgoto; e Obras); e de Saúde (departamentos: Patrimônio da Saúde; Recursos Humanos da Saúde; Manutenção; e Convênios e Projetos).
  • 30 de assistente 1, com lotação e distribuição definidas por ato do prefeito;
  • 25 de assistente 2, com lotação e distribuição definidas por ato do prefeito.

A propositura aponta que, para provimento nos cargos em comissão criados, será necessário ensino superior completo.

Além disso, expõe que, enquanto não for realizado concurso público, com posse e o efetivo exercício para provimento do cargo de controlador interno, criado pela lei municipal 10.910/2022, será designado servidor efetivo para o desempenho das respectivas atribuições.

Extinção de cargos

Já os cargos a serem extintos podem ser consultados nas imagens abaixo:

Fotos: Reprodução - Cargos a serem extintos na vacância conforme projeto de lei

Gratificações

O projeto de lei também extingue oito gratificações de assessoramento, criadas pela lei municipal 9.012/2015. As remanescentes serão concedidas para servidores efetivos que prestarem serviços de assessoramento na secretaria em que estiverem lotados, e possuam formação técnica em nível médio ou superior, especialização, mestrado ou doutorado compatível com a função de confiança a ser desempenhada.

Por outro lado, o texto cria 24 gratificações denominadas GSS (gratificação de serviço superior), destinadas exclusivamente aos servidores municipais ocupantes de cargo de provimento efetivo, que venham a desempenhar atribuições adicionais previstas dentro da estrutura de seu órgão ou secretaria de lotação, de maior responsabilidade e complexidade, sem ocorrer desvio de cargo ou promoção.

As gratificações em questão terão o valor equivalente a 80% da referência R15 e serão concedidas para servidores que possuam formação técnica em nível médio ou superior, especialização, mestrado ou doutorado compatível com as funções a serem desempenhadas.

A gratificação não se incorporará aos vencimentos e não poderá ser acumulada com nenhuma outra.

Ações de inconstitucionalidade

Em sua justificativa, o prefeito Ed Thomas (PSB) aponta que foram declarados inconstitucionais de 2021 a este ano aproximadamente 90 cargos em comissão devido a ações diretas de inconstitucionalidade ajuizadas pelo MPE (Ministério Público Estadual).

Segundo ele, a razão do questionamento desses cargos sempre foi a de que as atribuições não seriam compatíveis com as que devem ser exercidas por ocupantes de cargos em comissão, por serem burocráticas ou técnicas. "Dessa maneira, procedeu-se pela administração desta municipalidade um estudo que culminou neste projeto", acrescenta.

O chefe do Executivo salienta que procurou-se reestruturar de forma total o quadro de comissionados, com atribuições, lotação e outras informações, visando tornar mais específico e procurando restringi-los às funções de direção, chefia e assessoramento.

"Ainda, [o projeto de lei] busca regularizar o pagamento das gratificações aos servidores efetivos que exercem atribuições além das descritas para seus cargos", pontua.

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