Comitiva de prefeitos se reúne no Ministério da Saúde para discutir implantação do SAMU na região

Próximo passo será encontro em Prudente para alinhar custos do serviço e definir cidades que vão receber Central de Regulação e bases descentralizadas

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 17/09/2025
Horário 16:32
Foto: Ciop
Implantação de SAMU na região foi discutido durante reunião no Ministério da Saúde
Implantação de SAMU na região foi discutido durante reunião no Ministério da Saúde

O Ciop (Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista), que reúne 35 municípios da região, deu um passo importante para a implantação do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Uma comitiva com mais de 20 prefeitos e representantes locais esteve nesta terça-feira no Ministério da Saúde, em Brasília (DF), com o objetivo de discutir os detalhes dos processos de trabalho e organização necessária para implantar esse serviço que deve beneficiar cerca de 800 mil habitantes da região. Uma nova reunião sobre o tema será realizada no dia 30 de setembro, às 10h, em Presidente Prudente. O objetivo será alinhar os custos da implantação do serviço e definir as cidades que vão receber a Central de Regulação e as bases descentralizadas.

Segundo o Ciop, o SAMU otimiza o tempo de atendimento ao paciente em casos urgentes e ajuda na organização das unidades de saúde da região. “O serviço traz um atendimento rápido e regulado para casos de emergência, levando a equipe profissional a um contato imediato com o paciente e sua avaliação médica inicial”, explica o diretor de Saúde do CIOP, Cláudio Monteiro. “Esse processo melhora as chances de sobrevivência e diminui os riscos de agravamentos em possíveis sequelas, uma vez que o paciente é levado para o local de referência com maior eficiência”, expõe.

O projeto propõe que o serviço cubra todos os 45 municípios da RRAS (Rede Regionalizada de Atenção à Saúde) 11, além de Bastos e Flórida Paulista (RRAS 10). A proposta inicial é que o custeio desse serviço seja dividido entre os municípios, o Estado de São Paulo e o Ministério da Saúde. 

“É preciso pensar numa atenção em rede para ampliar a qualidade do atendimento pré-hospitalar. O SAMU vem para unir forças desde os municípios maiores até aqueles de pequeno porte, melhorando a referência e a atenção aos atendimentos de urgência”, destacou Fernando Figueira, diretor do Departamento de Atenção Hospitalar, Urgência e Domiciliar do Ministério da Saúde. “O ministério está disponível e muito empenhado em fazer essa implantação do serviço no oeste paulista, pois queremos a universalização do SAMU, ou seja, que todos tenham acesso a esse tipo de atendimento”, diz.

A presidente do Ciop e prefeita de Caiabu, Suelen Mative (Republicanos), ressaltou o papel do consórcio em viabilizar o projeto. “Estamos muito empenhados em fazer esse sonho acontecer. Somos uma das poucas regiões do Estado de São Paulo que ainda não conta com o SAMU e isso é preocupante. Agradeço a todos os municípios consorciados e não consorciados ao Ciop que estão envolvidos e empenhados nessa missão de trazer o SAMU para a nossa região, um projeto que vem ajudar a salvar vidas”, pondera.

Como o SAMU funciona?

O SAMU possui uma CRU (Central de Regulação de Urgência) que recebe todos os chamados e direciona qual tipo de veículo deve se deslocar para a ocorrência. Existem dois tipos de ambulância: a USB (Unidade de Suporte Básico), com condutor socorrista e técnico de enfermagem, e a USA (Unidade de Suporte Avançado), que conta com condutor socorrista, médico e enfermeiro.

Ambas as unidades iniciam os protocolos de atendimento no local. “Hoje, nós contamos com ambulâncias nos municípios, mas o SAMU traz um atendimento imediato por especialistas já no local da ocorrência. Isso faz toda a diferença para o paciente”, destacou o secretário de Saúde de Presidente Epitácio, Marcírio Rolim.

Após a avaliação, a CRU informa o destino mais adequado para o paciente, considerando a localização e a capacidade da unidade de saúde para atender a ocorrência. Esse processo evita deslocamentos desnecessários e diminui as filas e a lotação nos hospitais. “Esse direcionamento é essencial para ajudar a alocar os pacientes na referência correta para seguimento no seu atendimento, evitando maiores custos com deslocamentos desnecessários e, consequentemente, diminuindo filas e lotações nos hospitais da região. Esse é um importante benefício do SAMU para uma região”, pontua Cláudio Monteiro. 

Os municípios onde vão ser instaladas a CRU e as bases das unidades de saúde estão sendo definidos junto aos prefeitos, uma vez que é preciso atender a critérios técnicos e de logística estabelecidos pelo Ministério da Saúde. O SAMU também conta com um NEP (Núcleo de Educação Permanente), responsável por treinamentos e capacitações contínuas das equipes.

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