A Energisa Sul-Sudeste informou que neste ano foram realizadas mais de 3 mil inspeções para combate a furto e fraude de energia elétrica na região de Presidente Prudente, sendo confirmadas 284 irregularidades e um total de 1.124.646 kWh de energia desviada.
A soma da energia recuperada nos 24 municípios atendidos pela concessionária na região seria o suficiente para abastecer 6.169 famílias durante um mês inteiro, um prejuízo financeiro que ultrapassa R$ 985 mil.
Nos 12 meses de 2024, a área de Perdas da empresa fez 1,9 mil inspeções e confirmou 278 irregularidades em imóveis residenciais, comerciais e industriais, nas áreas urbanas e rurais, resultando em 1.070.121 kWh de energia usados de forma fraudulosa.
O coordenador de Medição e Combate a Perdas de Energia, Sidney Aparecido Lucio Souza, destaca a preocupação da concessionária principalmente quanto aos riscos que essa prática criminosa traz para a comunidade e para o sistema elétrico.
“Em uma ligação clandestina, por exemplo, a pessoa acessa a rede da distribuidora sem nenhum preparo ou equipamento adequado. O risco de um choque elétrico é grande e, além da fatalidade, o interventor ainda pode provocar um incêndio de grandes proporções, causando danos a toda a vizinhança”, exemplifica.
Do ponto de vista operacional, Sidney expõe que a rede de distribuição da Energisa é dimensionada para atender a demanda energética dos clientes regulares. Qualquer intervenção irregular no sistema elétrico pode ocasionar sobrecarga e prejudicar a qualidade do fornecimento da energia.
“Vale lembrar que os clientes regulares também são impactados no bolso, já que a legislação prevê que os prejuízos da energia desviada sejam divididos na fatura dos demais clientes”, esclarece.
Atenta a qualquer situação suspeita, a Energisa Sul-Sudeste explica que conta com a tecnologia para monitorar o consumo dos clientes, identificando os casos que demandam uma inspeção técnica das equipes especializadas.
“As inspeções em campo são imprescindíveis para confirmar se há um problema técnico no medidor do cliente, por exemplo, ou se de fato é uma prática criminosa. Confirmando o furto ou a fraude, é lavrado um boletim de ocorrência e o responsável pelo imóvel responde criminalmente”, pontua.
