Nestes tempos bicudos - e bota bicudos nisto - os conselhos de grandes mestres podem nos ajudar, ainda mais quando são conselhos - ou ensinamentos - de alguém como Jesus Cristo. Antes de prosseguir, vale registrar que Cristo em grego significa iluminado, assim como Buda também quer dizer iluminado.
Na qualidade de grande pacifista, Jesus, como é óbvio, pregava o amor e a paz. E seus ensinamentos são claros e objetivos: "Ame o seu próximo como a si mesmo", aconselhava o mestre, que, se entendi direito, deixa claro que quem odeia não entrará no reino dos céus nem que a vaca Mimosa tussa.
Será barrado por São Pedro, que tem a chave celestial, mas isto é apenas chiste de cronista, coisa que nossos pais e avós sempre contaram. E os nossos inimigos? O que disse Jesus sobre como devemos nos comportar com os inimigos? Aqui, Ele também é incisivo: "Ame os seus inimigos, faça o bem para aqueles que te odeiam, abençoe aqueles que te amaldiçoam e reze por aqueles que te maltratam".
Se você que lê estas mal digitadas linhas tem algum inimigo, liga pra ele, reconciliem-se e marquem um almoço para depois da pandemia. A vida é curta demais para que fiquemos às voltas com picuinhas, pirraças, disputas sem sentido e outras futilidades.
Ainda sobre amar o próximo e os inimigos, convém lembrar que Jesus foi taxativo ao alertar que o mérito maior é amar todas as pessoas e não apenas as que convivem conosco. Ou seja: Ele pregava o amor universal. Já que o Brasil, infelizmente, mergulhou num mar de ódio, acho bom a gente prestar atenção no que disse o Cristo e fazer o bem, espalhando amor por aí.
Jesus disse também que devemos "buscar primeiro o reino de Deus", reino que está dentro de todos nós, como lembra o Chaplin no antológico discurso no final do filme "O Grande Ditador". E julgar os outros? Nem pensar.
No Sermão da Montanha, Jesus falou em misericórdia na maior parte do tempo de seu discurso. "Bem-aventurados os que têm misericórdia, porque eles alcançarão misericórdia". Também sobre os bem-aventurados, lembrou que são "bem-aventurados os pacificadores, que verão a Deus, e os que sofrem perseguição por amor à justiça".
E não é que o Cristo, a seu jeito, também ironizou os bajuladores? "Ninguém pode servir a dois senhores. Ele amará um e odiará o outro", afirmou categórico. Sabe aquela história do puxa-saco que coloca um pé em cada canoa, querendo servir a dois senhores? Certo ex-presidente, golpista de mão cheia, faz parte dessa turma do puxa-saquismo desvairado.
Os tempos são sombrios e assombrosos, mas Jesus nos tranquiliza: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo. Eu venci o mundo". Se o Cristo falou, está falado e quem sou eu, um “baixíssimo”, para contestar o Altíssimo.
DROPS
Se o ódio é contagioso, o amor também é.
Bolsonaro com Covid-19 é a esperança do vice. Te cuida, Mito!
O Brasil não precisa de novos humoristas, pois certos ministros já nos divertem bastante.
Estamos todos na mesma jardineira. Será?
(obs.: jardineira era um ônibus antigo)