Adepto de uma boa leitura, o estudante Yuri Kaue Aquinno Cruz tem 20 anos e há três se tornou cliente de lojas online. Tudo começou quando não encontrou em estabelecimentos físicos a continuação do livro que estava lendo. De acordo com o especialista em tecnologia da informação, Jair Tavares de Araújo, situações como essa estão cada vez mais comuns, visto que “na internet é mais cômodo e possui mais opções”. No entanto, o profissional frisa que devem existir cuidados para que o bom negócio não traga prejuízos.
Por essa razão, Jair elenca alguns pontos, entre os quais, checar a confiabilidade dos sites acessados. Segundo ele, existe um local, no canto da barra de endereço do site, que deve haver um cadeado que simboliza a proteção de dados. “Se o link começar com ‘https’ também é sinal de conexão segura, isso significa que a loja protege os dados de compra que serão oferecidos”, explica. Outra recomendação do especialista é pesquisar sobre a reputação da empresa por meio de comentários de usuários sobre a mesma. “Prestar atenção se a loja possui endereço físico, telefones para contato e CNPJ, que deve ser checado junto à Receita Federal quanto a sua veracidade”, orienta.
Nesse universo digital com fluxo contínuo de informações, Jair relata que o mais comum é se deparar com sites falsos que, ou não entregam o produto, ou vendem os dados de cadastros para outras pessoas. “Muitas vezes, o problema nem é o não recebimento da mercadoria, mas a demora de entrega e a exposição de dados”, denota.
Pagar adiantado?
“Pagar antes só se for um site de muita confiança”, explica o especialista. Conforme ele, pagamentos em boleto bancário são um risco já que, no caso de cartões de crédito, é possível cancelar a compra por eventuais problemas. “Prazo de entrega, política de trocas, isso são coisas que devem estar exemplificadas para o consumidor na hora da compra para que fique tranquilo, mas, ainda assim, o conselho é não utilizar boleto”, enfatiza.
Prós e contras
Para Jair, a principal vantagem da compra online são as opções de preço que não se prendem apenas a um comércio local – como é o caso das lojas físicas. Todavia, para os ansiosos pode ser um problema, já que precisa de um tempo maior para que a mercadoria seja entregue. “Também impede que a pessoa veja o produto, avalie os detalhes”, comenta.
O estudante Jean Ramos da Silva, 34 anos, concorda. Embora compre online há 15 anos e afirme checar a credibilidade dos sites, já teve problema com a demora de entrega de um produto – que deveria chegar em sete dias, mas levou 21. “Tive que resolver com a central de atendimento da loja, mas, fora isso, nunca tive problemas. A única coisa que evito comprar são roupas, é complicado comprar sem ver, você não sabe da qualidade, textura do tecido”, ressalta.
Mas, hoje, Jean conta que desde itens mais baratos até o último celular que comprou foram pela internet e, no geral, tanto ele, quanto Yuri, acreditam que nos sites descobriram um universo “muito mais barato que na loja física”.
DICAS PARA CHECAR SITES CONFIÁVEIS
- Procurar o “htpps” no início do endereço eletrônico;
- Observar se a loja possui endereço físico, telefones ou outro meio de contato;
- Pesquisar o CPNJ junto à Receita Federal;
- Olhar comentários de outros usuários sobre a empresa em questão.
