Continuidade da greve é confirmada em assembleia

“A maiorias dos alunos apoia o movimento grevista", diz o universitário Robson Guimarães de Faria, que integra a Comissão de Moradia e veio de Sorocaba para estudar Pedagogia na Unesp.

PRUDENTE - Arize Juliani

Data 07/08/2014
Horário 07:42
 

Durante assembleia realizada ontem, na moradia estudantil da Unesp (Universidade Estadual Paulista), professores, alunos e funcionários da instituição decidiram pela continuidade da greve. O encontro ocorreu para discutir os resultados das plenárias de anteontem, quando foi anunciada a proposta da reitoria. Ao todo, três plenárias foram feitas para a deliberar a permanência da paralisação. Os atendimentos de extensão, paralisados desde maio, ainda permanecem da mesma forma.

Jornal O Imparcial Alunos, funcionários e professores se reuniram em assembleia ontem, na moradia estudantil

De acordo com o presidente da Adunesp (Associação dos Docentes da Unesp) de Presidente Prudente, Ricardo Pires de Paula, as propostas apresentadas não atenderam as expectativas do movimento grevista, pois "não tratou especificamente das reivindicações". "O que a reitoria propôs não tratou de reajuste salarial, nem da política de transparência dos recursos da universidade, e da política de permanência estudantil – que segundo ela é suficiente. O que vemos, por isso estamos fazendo essa assembleia, são que os dados apresentados pela reitoria não condizem com a realidade", aponta o presidente da Adunesp. E completa dizendo que o quadro da unidade de Prudente não consegue suprir os anseios dos estudantes que vêm de fora que não conseguem estar, devidamente, instalados na moradia.

"A maiorias dos alunos apoia o movimento grevista", diz o universitário Robson Guimarães de Faria, que integra a Comissão de Moradia e veio de Sorocaba para estudar Pedagogia na Unesp.

"Sou a favor da greve, pois o movimento uniu, acima de tudo, três segmentos que juntos formam a universidade: professores, alunos e funcionários. Quando reclamamos do sistema educacional do Brasil, é importante lembrar que não se modifica uma educação sem reivindicar e lutar pelos nossos direitos", acrescenta Faria.

 

Negociações

Pires explica que o movimento aguarda a reitoria reabrir a discussão da pauta unificada. Segundo ele, desde o princípio os grevistas se colocam contrários à decisão por universidade, atendendo pautas específicas.  "Queremos, primeiramente, tratar daquilo que é comum nos segmentos das três universidades . Depois disso, amplamente apresentada às propostas, voltaremos para discutir as questões específicas".

Conforme já noticiado em O Imparcial, no dia 3 de setembro haverá uma reunião entre o Cruesp  – conselho formado pelos reitores das três universidades –, e o Fórum das Seis, para debater a questão salarial. Em contrapartida, o presidente contou à reportagem que a reitora já adiantou que "há pouca coisa a ser apresentada".

"Ela diz que isso é negociação e nós não entendemos dessa forma. Negociação é quando existe apresentação de propostas e contrapropostas. O que tem ocorrido são meras reuniões em que se apresentam ideias e números, desprovidos de uma proposta", finaliza.

 
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