COPA DAS CONFEDERAÇÕES

OPINIÃO - Charanga Domingueira

Data 03/07/2017
Horário 13:13

A Copa das Confederações terá hoje a decisão de sua décima versão na cidade de São Petersburgo, a mais bela da Rússia. A mudança de um torneio criado para que os árabes mostrassem ao mundo a pujança de seu petróleo, na época, transformou-se numa boa ideia para a FIFA. Nascida na Arábia Saudita, mais para a busca de glorificação para o soberano do país, acabou por servir ao propósito saudável de se verificar a qualidade dos cenários da maior disputa futebolística de seleções do planeta, a Copa do Mundo. Quando de sua primeira versão, no ano de 1992, não havia nada de Copa das Confederações, era tão somente um torneio na Arábia Saudita e que se intitulou “Copa Rei Fahd”, em homenagem aos então reis do petróleo. O Brasil não se interessou e a participação restringiu-se ao anfitrião, à Argentina, a campeã, aos Estados Unidos e à Copa do Marfim. O torneio teve continuidade 3 anos depois, quando a Dinamarca o abiscoitou e a FIFA se interessou pelo mesmo oficializando-o na terceira versão e dando-lhe o nome de Copa das Confederações. Foi quando o Brasil compareceu pela primeira vez e somou mais uma conquista em seu imenso acervo de vitórias. Foi também quando o torneio deixou de ser realizado no país árabe e a disputa seguinte teve por palco o México, que a venceu. Somente antes da Copa do Extremo Oriente é que a Copa das Confederações adquiriu a fisionomia atual com a participação dos campeões continentais mais o país sede da Copa e o campeão do mundo vigente. O Brasil é o maior vencedor desse torneio somando quatro conquistas, enquanto França, México, Argentina e Dinamarca completam a lista. Como torneio futebolístico a Copa das Confederações perde um pouco do interesse por estar praticamente colada à Copa do Mundo e não ter atingido um estágio de ser um aperitivo para a mesma já que a maioria dos países está disputando exatamente a classificação para o evento maior. Serve, entretanto, para atitudes como a tomada pela Alemanha que disputará neste domingo diante do Chile a possibilidade de pela primeira vez adicionar esse título às suas conquistas. A Alemanha compareceu com uma equipe totalmente diferente daquela que venceu a última Copa e não colocou em ação nenhum titular daqueles que tanto brilharam no Brasil. Não é propriamente uma equipe jovem – a Alemanha está disputando o Europeu Sub-21 e o decidirá diante da Espanha – mas é uma demonstração inequívoca de força do futebol alemão. O Chile tem uma seleção bastante definida, padrão de jogo e garra para fazer uma grande final diante dos alemães.

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