Criar e educar filhos cansa!

Papai Educa

COLUNA - Papai Educa

Data 15/03/2020
Horário 07:14

Nesta semana me peguei olhando no espelho, ganhando alguns minutos de reflexão por ali. Vislumbrei um rosto cansado, com uma pequena bolsa de exaustão sob os olhos, acompanhado de um peso nas pálpebras, que me fez questionar: quantas vezes pisquei hoje? Não soube responder, mas certamente aquela sensação me levou a crer que foram poucas ou quase nenhuma. O meu esgotamento, em alguns dias, não se difere de muitos pais e mães que, além de seus afazeres profissionais, ativamente participam da vida de seus filhos. Sabe por qual razão? Sobrecarregamos nossos dias de compromissos e, ao mesmo tempo, criar e educar, cansa. Assim como o ônus da responsabilidade.

Por aqui, as madrugadas ainda não são plenas. Raramente não há uma interrupção do sono e se consegue dormir as tão desejadas horas. De comportamentos distintos, pelo menos por enquanto, cada um dos meninos demanda de mim um tipo de atenção.

Acertar é o meu propósito paterno. Mas nem sempre é assim... Muitas vezes, tomado pela exaustão, o grito vem. A voz imponente em determinadas ocasiões é necessária, mas não é assertiva quando o que os pequenos nos cobram é unicamente atenção. A paternidade e maternidade têm destas coisas e, saber reconhecer o erro e essencial para nos lapidar como seres humanos capazes de construir outros homens e mulheres melhores que nós. Porém, não seguir com a culpa é indispensável. Já dizem os especialistas que os que se entregam à ela, rendem-se à omissão e deixam de educar.

Compreender a mudança no ambiente familiar com a chegada dos filhos é fator primordial para a vida em harmonia. Com o crescimento da prole, o casal pode não conseguir dispensar a mesma atenção um ao outro, a vida sexual já não segue a mesma rotina – é quase necessário agendamento, com data, horário e local – e no fim do dia nos vemos vagando como na série “The Walking Dead”. Zumbis à espera de uma cama aconchegante ou um canto qualquer para encostar e fechar os olhos. Se identifica? Calma, os com mais tempo de experiência nesta arte dizem que é só uma fase. Vai passar!

Na corrida contra o tempo, buscamos ofertar o melhor de nós... É exaustivo estar na contramão de um mundo que desvaloriza a instituição família, os valores morais, religiosos e quer suprir a necessidade dos filhos com bens materiais e “doutrinas perdidas”, que pulverizam pelas nações uma legião de seres humanos sem rumo, sem prumo...sempre à procura!

Vivemos a era da permissivismo, cheia de teorias, sobretudo as encabeçadas por movimentos que pregam “liberdade de escolha” pela criança desde o nascimento. Discordo! Por mais que respeite as individualidades, gostos e desejos dos meus filhos, e ainda busque nisso tudo as nossas empatias, preciso discipliná-los, dotá-los de valores, que mais tarde, em sua vida adulta, poderão ser moldados. Eles terão o tempo certo para suas decisões.

Tudo me parece mais uma tentativa de livrar-se do processo de educação. E por mais cansativo que seja, não desista, não se entregue. Busque equilíbrio, alimentação saudável, otimização de rotina, liquidez de sobrecarga nos afazeres, prática da atividade física, cuide do corpo e da alma e, lembre-se, se o fruto não cai longe da árvore, também é provável que seu estado revele a forma de cultivo. Vale o cansaço!

Dicas de leitura

Fotos: Divulgação

Para ser ainda mais feliz todo dia
Cidadania, combate ao bullying, inclusão de pessoas com deficiência, lições de higiene, autoconhecimento e emoções... tudo em um só livro!  A obra é uma ferramenta lúdica que ensina por meio de rimas os pequenos sobre resiliência e positividade apesar das dificuldades que surgem no dia a dia.

Autor: Simão Miranda
Editora: Elementar
Páginas: 32
Preço: R$ 40

 


“Se pular, vai voar”
Permitir-se viver as experiências com intensidade é a principal mensagem deixada para as crianças no livro, que conta a história de um mago trapalhão insatisfeito com as mágicas que realizava e desanimado com as crianças que não gostavam de suas invenções. Ele, então, partiu à Terra em busca de um novo público para testar a sua mais nova criação: um pula-pula que faz voar. Atiçadas pela curiosidade, três crianças superaram o medo e começaram a voar.

Autor: Graziele Ferreira
Editora: Autografia
Páginas: 36
​​​​​​​Preço: R$ 40

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