Crises de pânico

As crises de pânico são intensas crises de ansiedade, nas quais ocorre importante descarga do sistema nervoso autonômico, produzindo sintomas, como: taquicardia, sudorese, tremores, dispnéia, náuseas, fogachos, formigamentos em membros e/ou lábios. Nas crises intensas, os pacientes podem experimentar diversos graus de despersonalização; com sensação de cabeça leve, de corpo estranho, sensação de perda do controle, auto estranhamento e, também, de desrealização (sensação de que o ambiente está estranho, não familiar). 
Além disso, ocorre com frequência, nessas crises, um medo importante de ter um infarto, de morrer e/ou enlouquecer. As crises são de início abrupto (chegam a um pico em 5 a 10 minutos) e de curta duração (raramente duram mais do que meia a uma hora). São geralmente desencadeadas por determinadas condições, como: aglomerações, túneis ou congestionamentos, situações de ameaças, etc. Denomina-se o quadro de síndrome do pânico, caso as crises sejam recorrentes, com desenvolvimento de medo de ter novas crises, preocupações sobre possíveis implicações da crise (perder o controle, ter um ataque cardíaco ou enlouquecer), além de sofrimento subjetivo significativo. 
A síndrome do pânico pode ou não ser acompanhada de agorafobia. Agorafobia é o medo e a ansiedade de ficar em situações ou locais sem uma maneira de escapar facilmente ou em que a ajuda pode não estar disponível no caso de a ansiedade intensa se desenvolver. Para a pessoa que está experienciando a crise pela primeira vez, ela tem uma sensação de que representa uma eternidade. Nesses minutos, ela é tomada por sensações terroríficas. A pessoa não sabe muito bem o que está acontecendo, há sensações de que está infartando, devido à taquicardia, a pupila chega a dilatar e os sintomas podem variar muito. 
Nunca fale que isso não é nada. De a mão para essa pessoa, acolha e fique por perto. Ela é invadida por algo avassalador. Se não souber o que falar, não diga nada. E se a pessoa pedir para levar ao hospital, leve. Ela desconhece o que está acontecendo. São os mesmos sintomas de um grande susto. É como se surgisse uma cobra venenosa ou um leão atacando a pessoa. É o nosso organismo agindo na luta-fuga em direção da sobrevivência. 
Quando assustamos, observe bem os sintomas. Logo em seguida, quando a crise de pânico passa, vem o sono profundo. É necessário muito apoio nesse momento. Nunca subestime quem está queixando de crise de pânico. Alivia muito reforçar a ideia de que, a crise de pânico não levará à morte, tampouco, ao enlouquecimento. Nesse mês de Setembro Amarelo, esclarecimentos sobre transtornos diversos, que causam profunda dor, sofrimento e desgaste físico, é muito bem-vindo. Busque ajuda, não fique isolado, pensando que é só você que está passando por isso. Para toda dor existe uma resposta que pode aliviar o pensamento negativo, angústia e sofrimento. Instigue-se e vá em direção de possíveis causas desses sintomas tão complexos e avassaladores. Re-significá-los é preciso.
 

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