Atualmente, Presidente Prudente tem mais de 22 mil idosos (levantamento feito em cima do número de vacinas) e muitos deles inseridos dentro das políticas públicas como assistência social, saúde, cultura e esportes, mas que ainda são considerados insuficientes para uma qualidade de vida adequada. Dando luz a estes assuntos, a II Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa debateu os desafios de envelhecer no século 21 e o papel das políticas públicas em âmbito municipal, estadual e federal.
De acordo com a presidente do Conselho do Idoso, Maria Helena Silvestre, os principais desafios são aos governantes, para que olhem para esta população que têm necessidades específicas, direitos e que precisam ser implantados. “Hoje, estamos dizendo para os governantes que necessitamos ter um olhar voltado para essas pessoas, porque o Brasil está envelhecendo muito rápido e consequentemente Presidente Prudente. Então, essa discussão trará propostas em todos os níveis de governo”.
A titular da SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), Fabiana Sales Macedo, ressalta que a conferência teve o objetivo de discutir o protagonismo da pessoa idosa e como elas podem ser ajudadas para permanecerem independentes e ativas à medida que envelhecem.
A presidente do Conselho do Idoso declara que os direitos já são garantidos deste da Constituição de 1988, e que a conferência é um espaço para ser discutido aquilo que não saiu do papel para, então, cobrar efetividade do poder público. “Esse momento de conferência é a importância que o idoso tem para dizer: - eu sou idoso e reivindico os meus direitos. Então, todos os níveis precisam melhorar com ações de como envelhecer melhor e quais os desafios que está população idosa ira deixar para os governantes enfrentarem quanto às futuras gerações”.
O evento contou com a presença de mais de 300 pessoas, entre idosos atendidos pela assistência social e de saúde, além de autoridades municipais, servidores da prefeitura e membros de entidades e instituições parceiras.
Voz
A aposentada Zeneide Santos Garcia, 68 anos, esteve no local e garantiu que o evento é de importância para ela e muitos idosos que precisam ser ouvidos. “Não queremos trazer somente coisas ruins para com o idoso, mas também as coisas boas que conseguimos através deste tipo de atividade”, destaca.
O ex-mecânico e aposentado Valmir Reis, 76 anos, espera que as ações e medidas que foram levantadas na conferência sirvam para todas às gerações. “Hoje, estamos discutindo ações que serão importantes não só para nossa geração idosa atual, mas as que virão amanhã também”, salienta.
Eixos
A conferência foi dividida em quatro eixos que trataram dos assuntos: políticas públicas; direito a educação e emancipação humana; as violências contra idosos e o papel do conselho na efetivação das políticas.
No eixo “Políticas públicas” foram tratados assuntos que dizem respeito aos direitos fundamentais que são baseados nos direitos humanos. De acordo com a coordenadora do eixo, Elen Regina Castilho, 49 anos, a pessoa idosa está assegurada na Constituição Federal e estes direitos devem ser garantidos pelo poder público e apresentados sempre para propor melhorias. “Em Presidente Prudente, há bons equipamentos e efetivamente a participação da sociedade civil e também do poder público na garantia desses direitos. Há avanços de saúde e assistência e observamos um movimento de incluir o idoso para garantir suas atribuições, o que é muito importante”, fala.
No eixo “Direito à educação e emancipação humana” a discussão foi a oportunidade de facilitar o acesso à pessoa e a permanência dela no ensino que é quando ela decide voltar a estudar. De acordo com a coordenadora do eixo, Fabiana Rizo Salomão, 40 anos, o assunto girou em torno das condições especiais do idoso nesta fase da vida. “Caso ele decida estudar, como no acesso ao EJA (Educação de Jovens e Adultos), que exista uma adaptação curricular, uma facilitação para leitura, além de propor ações como a universidade aberta aos idosos - que tenham mais participação em projetos, eventos, que possam utilizar os espaços e frequentar os cursos”, ressalta.
Os resultados de cada eixo e as deliberações finais do evento serão levados à Conferência Estadual do Idoso, a ser realizada de 5 a 7 de agosto, em local a ser definido.
