David e Betsabá

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 25/10/2022
Horário 06:30

A Rede Record está exibindo atualmente a história de Davi em sua novela das 21h, “Reis”, e a conhecida passagem bíblica foi tema de um filme de 1951 de estrondoso sucesso de bilheteria. David e Betsabá foi produzido pelos estúdios 20th Century-Fox em uma época em que filmes bíblicos eram êxito de público. Dirigido por Henry King e estrelado por Gregory Peck e Susan Hayward, o filme se atenta à história do Rei Davi (Peck) que se apaixona à primeira vista pela bela Betsabá (Susan) ao vê-la se banhar pela janela de seu palácio. Ao saber que ela é esposa do destemido soldado Uriah (Kieron Moore), ele ordena que o mesmo deliberadamente siga para uma batalha perdida. Ao negligenciar seu reino e sua fé, Davi provoca a ira de Deus, a destruição de seu reino e a revolta de seu próprio povo. Belíssima fotografia em Technicolor, com os astros Peck e Susan no auge do estrelato e beleza. 
    
“As duplas românticas do cinema”

O cinema clássico de Hollywood em sua época de ouro dos grandes estúdios entre as décadas de 1930 e 1950 tinha uma receita de publicidade certeira: as duplas românticas. Quando um casal tinha grande apelo popular (a famosa química), o estúdio responsável pelos seus contratos repetia a dupla em outros títulos. A Metro-Goldwyn-Mayer, o estúdio do Leão, que tinha o slogan de ter mais estrelas que o céu, criou várias duplas inesquecíveis como Clark Gable e Joan Crawford, que fizeram oito filmes juntos (como “Possuída” de 1931 e “Acorrentada” de 1934). O Rei de Hollywood Clark Gable, por sinal, teve duplas frequentes com Lana Turner (quatro filmes, dentre eles “Quero-Te como És”, de 1941), Jean Harlow, a Vênus Platinada (sete filmes, como “Terra de Paixões” de 1932 e “Saratoga” de 1937) e Myrna Loy (sete filmes, como “Piloto de Provas”, de 1938). A Metro teve ainda outras duplas como Greer Garson e Walter Pidgeon, que fizeram oito filmes juntos, como o clássico “Rosa de Esperança” de 1942. A 20th Century-Fox tinha como seu maior galã Tyrone Power, que estrelou cinco filmes com a morena Linda Darnell, como “A Marca do Zorro”, 40 e “Sangue e Areia”, 41. Os Estúdios Paramount reuniram os baixinhos Alan Ladd e Veronica Lake em cinco filmes da década de 40, como “Alma Torturada”, 42. Na Paramount, Bing Crosby e Dorothy Lamour estiveram juntos em oito filmes, sendo sete da famosa série Road, que se passava em países exóticos, formando um trio com Bob Hope. A Paramount apostou ainda na dupla Claudette Colbert e Fred MacMurray em sete filmes, como “O Ovo e Eu”, 48. Nos estúdios Warner Bros, a grande estrela Bette Davis fez 11 filmes com o ator George Brent que nunca ofuscava seu brilho de estrela-mor, como “Vitória Amarga”, 39 e “A Grande Mentira”, 31. Ainda na Warner, Errol Flynn e Olivia de Havilland estrelaram oito produções, como os clássicos “Capitão Blood”, 35 e “As Aventuras de Robin Hood”, 38. Impossível ainda esquecer as duplas Rita Hayworth-Glenn Ford (seis filmes), Ginger Rogers-Fred Astaire (dez), Judy Garland-Mickey Rooney (dez), Elizabeth Taylor-Richard Burton (11), Lauren-Bacall-Humphrey Bogart (quatro) e a campeoníssima dupla Sophia Loren-Marcello Mastroianni (17 títulos).

Dica da Semana

Livros 

“A velhinha que dava nome às coisas”:
Autora: Cynthia Rylant. Editora Brinque-Book. Os livros infantis geralmente têm como personagens principais, crianças, princesas e animaizinhos. Aqui a protagonista é uma idosa: uma velhinha que já não tinha mais amigos porque todos já tinham morrido antes dela. Então para não ficar sozinha, ela passar a nomear as coisas que vão durar mais que ela: sua casa, seu carro e sua poltrona. Até que aparece um cãozinho que lhe vai fazer companhia, mesmo arriscando sobreviver a ele. 

 


 

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