Piranhas têm sido pescadas com maior frequência às margens do Balneário da Amizade, em Presidente Prudente, informa a Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil. A presença do peixe carnívoro nas águas reforça a necessidade de se manter a proibição do uso da represa por banhistas. Atualmente, a qualidade da água também é imprópria para o lazer. Especialistas explicam que a presença da espécie não é motivo de pânico, embora seja, sim, razão de preocupação. “Recentemente um jovem se feriu quando retirava uma piranha do anzol. Em virtude dos ferimentos, ele foi socorrido para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Zona Norte”, revela o órgão.
Explica a Defesa Civil, que a presença das piranhas, por serem predadoras vorazes, pode alterar todas as relações tróficas, ou seja, o conjunto de cadeias alimentares, entre os organismos, bem como as distribuições, e fazer com que “piore uma situação que já não é muito boa por conta de outros fatores, como a poluição dentro do balneário”.
“Pescadores que praticam a pesca esportiva no local também reclamam do aumento da pesca predatória. Desta forma, quando uma espécie reduz ou aumenta sua população, que antes era mantida balanceada, o desequilíbrio ecológico ocorre”, aponta. “Outro fato importante é que estamos na piracema, período para a reprodução dos peixes, que no Estado de São Paulo vai até o dia 28 de fevereiro. Durante esse período, fica proibida a pesca para espécies de peixes em reprodução, visando à proteção da fauna aquática nativa”, alerta a Defesa Civil.
