Em um levantamento realizado pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Presidente Prudente, de janeiro a junho de 2021 foram registradas 42 denúncias de maus-tratos a animais. Já no mesmo período de 2022, os números praticamente quadruplicaram, saltando para 153 atendimentos. Na maioria dos casos, as vítimas são cães.
De acordo com Thiago José da Silveira, 38 anos, gerente do CCZ, boa parte dos atendimentos dessas situações de maus-tratos e abandono foi registrada na Polícia Militar Ambiental em conjunto com o Centro de Zoonoses. “Olhando pelo lado bom, acredito que esse aumento se deu graças às denúncias anônimas da população, pois foi uma época de muita exposição do órgão em parceria com a Polícia Ambiental nas mídias sociais. Isso estimulou as pessoas a denunciarem”, considera Thiago.
O gerente explica que, recebidas as denúncias é realizada diligência até o local, onde é feita uma vistoria, avaliação do local, e da situação do animal pelo médico veterinário responsável técnico do Centro de Zoonoses. Constatando os maus-tratos, a Polícia Ambiental é acionada, em outras situações, o munícipe recebe orientações e, em casos graves, é notificado. “Identificado por maus-tratos, o infrator é indiciado pela Polícia Ambiental, onde as medidas cabíveis são tomadas”, salienta o gerente do CCZ.
Constatado o sofrimento do animal vítima de maus-tratos, ele é encaminhado para cuidados veterinários, onde passa por avalição completa, faz exames, enfim, todos os procedimentos necessários são realizados para que tenha plena recuperação.
Thiago lembra que, desde julho de 2022, Presidente Prudente conta com o Abrigo de Animais Municipal, que é vinculado à Semea (Secretaria Municipal de Meio Ambiente), responsável pelo atendimento às denúncias de maus-tratos e acolhimento de animais vulneráveis. “Com a saúde restabelecida, os animais são encaminhados para adoção responsável”, menciona.
Conforme Thiago, até junho do ano passado, o Centro de Controle de Zoonoses recebia as denúncias de casos referentes a maus-tratos de animais por e-mail ou telefone. Mas, desde julho passaram a ser atendidas pela Secretaria do Meio Ambiente, pelo canal 156.
Foto: Arquivo
Desde julho de 2022, Abrigo Municipal de Animais acolhe animais vulneráveis até que se restabeleçam e sejam adotados