Depressão, insônia e estresse em mulheres pós-menopausa podem levar à fibrilação atrial

OPINIÃO - Sergio Munhoz Pereira

Data 01/11/2023
Horário 04:30

Terceira idade é cheia de desafios. Manter a saúde física e mental equilibradas de idosos pode ser a chave para uma melhor qualidade de vida, com autonomia e independência.
Infelizmente, idosos também podem apresentar inúmeros transtornos mentais, e estas situações podem estar relacionadas, na maioria dos casos, ao surgimento de depressão e insônia.
Observar se insônia e depressão se manifestaram mais precocemente, em idade jovem, o risco de agravamento aumenta, especialmente se não foram tratados adequadamente. 
Mas, mesmo sabendo que muitos idosos apresentam situações extremamente estressantes, relacionados ao relacionamento familiar, finanças ou mesmo doenças, é sabido que nem sempre será fácil controlar e intervir satisfatoriamente.
Pior, ainda se não controladas, a insônia e a depressão, em mulheres na pós-menopausa, pois o risco de desenvolverem um tipo grave de arritmia cardíaca chamada de fibrilação atrial pode acontecer, mesmo naquelas mulheres que não apresentam nenhuma alteração do coração.
Estas mulheres idosas, na maioria das vezes, estão nos nossos próprios lares, precisam urgentemente, serem ajudadas, pois a fibrilação atrial pode resultar na formação de coágulos sanguíneos e causar derrames que podem produzir sequelas gravíssimas limitando a sua qualidade de vida.
Familiares precisam se inteirar dos seus entres queridos idosos do histórico médico, dos hábitos de vida, de padrão do sono, do estresse vivenciado como lutos, doenças e problemas financeiros que se, somados à insônia, depressão e eventos estressantes, se agravam mesmo independente dos fatores de risco bem conhecidos, como idade, hipertensão, diabetes.
Muita atenção deve ser dada às idosas na pós-menopausa, mesmo que não apresentavam o risco de arritmias cardíacas.
Exame como polissonografia pode mostrar qual o padrão do sono atual da idosa, e muitas vezes será possível corrigir a insônia e a própria apneia do sono.
Infelizmente, as mulheres idosas em geral (diferente das jovens) se cuidam menos, vão menos ao médico, não seguem bem a medicação recomendada, muitas vezes são viúvas, e vivem sozinhas, e ainda podem ter o hábito de ingerir álcool em casa. 
Nós que somos filhos e ainda temos nossas mães, tias e sogras idosas, precisamos estar atentos a estas situações, e não descuidar do controle rigoroso de outras situações, também muito frequentes, como obesidade, tabagismo, sedentarismo e apneia do sono, pois poderá evitar a fibrilação atrial. 
Proporcionar um adequado sono reparador, tratamento da depressão e evitar na medida do possível estresse, pois pode elevar risco de arritmia cardíaca pós-menopausa.

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