Desenvolvimento econômico

OPINIÃO - Wilson Kunze

Data 19/08/2023
Horário 05:00

Há muito tempo me intriga o fato de termos poucas ações em nossa região por parte dos poderes públicos municipais que incentivem o desenvolvimento econômico regional. Não temos sequer um mapeamento das nossas riquezas e oportunidades, que mostre claramente as nossas potencialidades econômicas e que seja amplamente difundido e divulgado nas mídias.   
Em Presidente Prudente os setores do comércio e de serviços se destacam, mas quando falamos do setor industrial, mesmo sendo referência regional, temos poucas indústrias aqui instaladas. Experimente perguntar a um cidadão prudentino para citar o nome de cinco indústrias daqui! São tão poucas, que fica difícil alguém conseguir elencar. 
A geração do desenvolvimento econômico é uma tarefa desafiadora que requer um conjunto abrangente de ações e políticas por parte das autoridades responsáveis. Ao verificar a previsão orçamentária para 2023, do município de Presidente Prudente, chega-se à conclusão que o valor destinado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico é ínfimo, pois dos R$ 915 milhões, apenas R$ 2,2 milhões são destinados à Sedepp, o que representa, pasmem, 0,25% do orçamento anual, ou seja, não dá para fazer absolutamente nada além de pagar o custeio da folha de pagamento e da estrutura existente.  E vou mais longe, quanto menos é investido em desenvolvimento econômico, mais pobre uma cidade fica.  
Os argumentos de que somos uma região mal localizada, na minha visão não procede. Esse é o típico discurso de quem prega e justifica o fracasso e a pobreza. Estamos localizados em uma região privilegiada, próximos à divisa com dois Estados importantes, temos fácil acesso, boas rodovias e aeroporto, com potencial turístico e industrial abrangente. Somos referência em educação, saúde, tecnologia e no agronegócio. A falta de planejamento e divulgação para atrair investimentos nacionais e internacionais também é um desafio, sendo necessário desenvolver estratégias de marketing eficazes, identificar os pontos fortes e destacar as oportunidades de investimento disponíveis. Ninguém investe se não houver atratividade, se não souberem que existimos e o que temos a oferecer. 
Para superar as dificuldades, é preciso gestão eficiente e uma abordagem estratégica, com parcerias com instituições de ensino e pesquisa, o estabelecimento de redes de cooperação com outros municípios e a participação ativa da sociedade civil.  
É um desafio complexo, mas crucial para impulsionar o crescimento e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Requer ações coordenadas e integradas por parte do poder público, parcerias com instituições de ensino e pesquisa, envolvendo desde a elaboração de políticas e ações adequadas e a busca por recursos, até a divulgação dos municípios para buscar parcerias. 
Será que precisamos chegar ao fundo do poço para nos mobilizarmos? 
 

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