Dia das Mães será inexpressivo ao comércio

Segundo o setor, a busca por presentes sofrerá com as portas fechadas e dificuldades financeiras que já apareceram; Sincomércio e Acipp lamentam cenário e apontam “grande prejuízo” ao segmento

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 06/05/2020
Horário 10:22
Weverson Nascimento - Comércio segue fechado na segunda data do ano mais rentável ao setor
Weverson Nascimento - Comércio segue fechado na segunda data do ano mais rentável ao setor

O Dia das Mães, para a população, é aquela oportunidade de reservar um dia exclusivo – mesmo que elas mereçam um ano todo de comemorações – para disseminar o amor às mulheres que tanto ensinam sobre compaixão. Já para o comércio, a data é a segunda mais importante no ano, por causa da busca por presentes dos mais diversos segmentos, que permitem tirar os sorrisos mais sinceros tanto de quem vende, quanto de quem recebe. Sorrisos, no entanto, não serão vistos, pelo menos por parte dos comerciantes, que seguem com as portas fechadas de seus comércios devido à pandemia da Covid-19 e com uma crescente preocupação com suas finanças, que tendem a piorar nos próximos meses.

De acordo com o presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região), Vitalino Crellis, nos anos passados o faturamento do setor nesta data, que fica atrás apenas do Natal em relação às vendas, foi de um aumento entre 40% e 50%, mas que neste ano não movimentará “praticamente nada, nem mesmo 5%”. “Essa data, oficialmente, nem entrará no nosso calendário de vendas, pois realmente não teremos movimentação”.

O presidente até comenta que há a possibilidade de as vendas serem realizadas de forma online pelos comerciantes, como por meio de aplicativos de mensagens, por exemplo, mas expõe que esta não é uma cultura que ganhou força na cidade. “Além disso, muitas pessoas não vão mesmo buscar o produto, por saberem que não podem participar de almoços em família ou então vão evitar o contato familiar por diversos motivos de prevenção à saúde”. Para ele, este cenário é preocupante no que diz respeito ao comércio, o que faz com que os empresários estejam “sufocados” e prevendo já reflexos futuros que prejudiquem o setor.

O presidente da Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), Ricardo Anderson Ribeiro, concorda que se vive uma situação preocupante, financeiramente falando, e aponta que os pequenos empresários são os que mais sofrem, pela falta, por exemplo, de capital de giro. “O prejuízo é sim muito grande, já que o dinheiro tem circulado apenas nos serviços essenciais. Queríamos que o comércio estivesse aberto, seguindo as medidas de prevenção à Covid-19, mas a possibilidade nos foi tirada”, pontua.

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