Do medo à crise de pânico: veterinária dá dicas para proteger pets durante queima de fogos

Ruídos intensos e imprevisíveis podem causar grande estresse nos animais, por isso recomendação é manter tradição de forma consciente e responsável

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 31/12/2025
Horário 08:18
Foto: Freepik
Manter pet dentro de casa, em local onde ele já se sinta protegido, é importante, indica veterinária
Manter pet dentro de casa, em local onde ele já se sinta protegido, é importante, indica veterinária

Os fogos de artifício, apesar de bonitos, produzem ruídos intensos e imprevisíveis que podem causar grande estresse, medo e até crises de pânico em cães e gatos. O alerta é da médica veterinária que atua em Presidente Prudente, Lais Natalie. Ela orienta que, nesta véspera de ano-novo, alguns cuidados simples fazem muita diferença para o bem-estar dos pets.

A profissional explica que os animais possuem audição muito mais sensível que a humana. Portanto, tal estímulo ativa o sistema de alerta do organismo, podendo gerar taquicardia, tremores, tentativas de fuga, convulsões e agravamento de doenças, especialmente em animais idosos ou sensíveis. 

Segundo a veterinária, existem várias medidas eficazes para evitar o desconforto dos animais com o barulho dos fogos. Entre elas: deixar o ambiente seguro e confortável, mantendo o pet dentro de casa, em um local onde ele já se sinta protegido; fechar portas, janelas e cortinas para reduzir o som e a luminosidade; deixar uma música suave ou a TV ligada para ajuda a mascarar o barulho externo; não deixar o pet sozinho, já que a presença do tutor transmite segurança; falar com o animal de forma calma e natural para ajuda a reduzir a ansiedade; e evitar reforçar o medo com excesso de colo ou agitação.

Ainda, evitar acesso à rua, com portões e portas bem fechados, pois muitos animais fogem assustados durante os fogos, aumentando o risco de acidentes e desaparecimentos; utilizar coleira com plaquinha de identificação e microchip também são essenciais, especialmente nessa época do ano; e fazer passeios e brincadeiras mais cedo, as quais ajudam o animal a ficar mais relaxado no período da noite.

Usar produtos calmantes, como feromônios sintéticos, florais, suplementos naturais e outros produtos calmantes também podem ajudar. “Em casos mais intensos, o médico-veterinário pode avaliar a necessidade de medicação específica. Nunca medique por conta própria”, orienta Lais.

“Cada pet reage de forma diferente aos fogos de artifício. Por isso, o acompanhamento veterinário é fundamental para orientar a melhor conduta em casos de medo intenso ou recorrente. O principal é oferecer segurança, acolhimento e prevenção para que a virada do ano seja tranquila também para os animais”, complementa a profissional.

Minimização de impacto 

Para quem deseja manter a tradição de forma mais consciente e responsável, algumas orientações são fundamentais, de acordo com Lais. São elas: dar preferência a fogos silenciosos ou de baixo ruído, que já estão disponíveis no mercado; evitar a prática próxima a residências, clínicas veterinárias, abrigos e locais com grande presença de animais; respeitar horários e limites, reduzindo a duração do barulho; e incentivar alternativas de celebração, como shows de luzes, decoração luminosa e música.

“Essas atitudes ajudam a minimizar o impacto negativo não apenas nos animais, mas também em idosos, crianças e pessoas sensíveis ao ruído. A conscientização coletiva é essencial para promover comemorações mais empáticas e seguras”, ressalta. “Celebrar o Ano Novo com responsabilidade é uma forma de cuidar da saúde emocional e física dos animais, garantindo que esse momento seja positivo para todos”, finaliza a veterinária.

Cedida


Lais: “Conscientização coletiva é essencial para promover comemorações mais empáticas e seguras”

Publicidade

Veja também