Professores de seis escolas estaduais da região de Presidente Prudente devem paralisar suas atividades hoje, por conta de uma assembleia estadual da categoria, que será realizada às 14h, na Praça da República, em São Paulo. São escolas de cidades como Caiabu, Sandovalina, Regente Feijó, Presidente Prudente e Pirapozinho, além do distrito de Itororó do Paranapanema. No total, 176 docentes da região devem participar do ato na capital paulista. Enquanto isso, outros 350 representantes da categoria devem se unir a outras centrais sindicais, em um protesto marcado para a tarde de hoje, a partir das 17h, na Praça 9 de Julho, em Prudente.

As escolas que devem paralisar suas aulas hoje são: Escola Professor Gildasio Silva Lima, de Caiabu; Escola Professora Liria Yurico Sumida, de Sandovalina; Escola Professora Anna de Mello Castriani, de Regente Feijó; Escola Francisco Pessoa, de Presidente Prudente; Escola Olga Yasuko Yamashita, de Pirapozinho; e a  Escola Professora Maria Evanilda Gomes, de Itororó do Paranapanema, distrito de Pirapozinho.

De acordo com Willian Hugo Correa dos Santos, conselheiro estadual de representantes e secretário-executivo regional da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), as aulas serão paralisadas para que os docentes possam participar da assembleia, como também do protesto. Ainda segundo ele, as unidades de Caiabu, Sandovalina e Itororó do Paranapanema terão 100% de seus efetivos envolvidos na interrupção das atividades. Por outro lado, as de Regente Feijó e Prudente terão cerca de 70% de adesão, ao passo que a escola Olga Yasuko Yamashita, de Pirapozinho, terá em torno de 30% de adeptos.

Ainda segundo o representante da classe, entre as reivindicações, os docentes buscam o reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Além disso, durante o encontro na capital paulista, os professores deverão traçar suas expectativas para uma eventual declaração de greve, a qual existe a possibilidade de ser decretada de maneira imediata, no próprio evento. Para isso, 176 professores da região devem integrar o ato na capital do Estado. Eles saíram em quatro ônibus que partiram de Prudente, Teodoro Sampaio, Presidente Venceslau e Osvaldo Cruz.

 

Reposição

Apesar da paralisação e, consequentemente, da falta de aula, Willian Hugo acredita que nem docentes, nem alunos deverão ficar prejudicados. Isso porque, ele afirma que "será feita a reposição de aula conforme for determinado pelo Estado".

 

Protesto

Enquanto um grupo se reúne em São Paulo, aproximadamente 350 professores ligados à Apeoesp devem participar também hoje, de um ato na Praça 9 de Julho, em Prudente, denominado Dia Nacional de Greve. O protesto é mobilizado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores), juntamente com outras centrais sindicais e sindicatos filiados. As mobilizações têm por objetivo dialogar com a população sobre os retrocessos sociais, políticos e econômicos em curso no Brasil, através de medidas já adotadas ou anunciadas pelo governo federal.

Procurada, a Secretaria de Estado da Educação diz ter tomado conhecimento da assembleia e da ameaça de paralisação, no entanto, não sabia dizer se os professores das escolas apontadas pela Apeoesp de fato paralisariam as atividades. Todavia, a pasta afirmou que, independente se houver paralisação ou não, as aulas estão garantidas aos alunos, senão com os professores efetivos, pelo menos com docentes eventuais ou substitutos.