Doença de Parkinson compromete parte motora do corpo

PRUDENTE - André Esteves

Data 06/08/2016
Horário 09:33
 

Estudos apontam que 6% das pessoas acima de 60 anos vão desenvolver manifestações compatíveis com a doença de Parkinson, afirma o médico geriatra José Eduardo Soares Pinheiro. Ele ressalta, no entanto, que esses sintomas não significam necessariamente o surgimento da doença. Segundo o especialista, a enfermidade é um distúrbio neurológico, crônico e progressivo que acomete seus portadores durante a quarta década de vida. "A doença tem fundos genéticos e hereditários, que aumentam a possibilidade do desenvolvimento", aponta.

Jornal O Imparcial Geriatra diz que nem todo tremor indica doença Parkinson: "Diagnóstico é clínico"

José Eduardo explica que a doença de Parkinson aparece quando ocorre a deficiência da dopamina, produto químico que desempenha uma série de funções no cérebro, incluindo a parte motora do corpo. "A redução da substância provoca uma desordem química, responsável pelas manifestações da patologia. Diante desse déficit de dopamina, o indivíduo passa a apresentar rigidez muscular, lentidão de movimentos e tremores posturais", expõe. "Outras alterações, como dificuldade de escrita e falta de mímica facial, também podem surgir", complementa.

O geriatra realça, contudo, que nem sempre os tremores implicam Parkinson. "É importante salientar que existe uma diferença entre os tremores da doença e os tremores essenciais, que são benignos da idade. Os tremores de Parkinson são notados quando a pessoa está em repouso, enquanto os essenciais aparecem quando ela se movimenta", distingue.

O médico esclarece que o diagnóstico da doença é eminentemente clínico, avaliado a partir das manifestações do paciente, sem a necessidade de comprovação com exames de imagem, apesar de válidos. Já o tratamento consiste em fisioterapia e medicamentos que estabelecem o nível de dopamina no cérebro. Como atua na restrição de movimentos, a patologia, muitas vezes, pode reduzir a expectativa de vida do portador. "Porém, é necessário destacar que a doença de Parkinson não mata, ela apenas favorece outros fatores, como quedas e complicações infecciosas e esqueléticas", enfatiza.

José Eduardo acentua que, apesar disso, é possível conviver com Parkinson desde que o paciente procure tratamento. "A doença não tem cura, mas possui uma terapia capaz de minimizar a sua evolução e afetar menos as atividades diárias", pontua.

 
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